Três ecopontos e uma viatura incendiadas esta madrugada em Lisboa

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Três ecopontos e uma viatura arderam hoje de madrugada na zona da Reboleira, Amadora, disse fonte oficial da direção nacional da PSP à agência Lusa.

A polícia foi chamada ao local pelas 2:50 e identificou três ecopontos e uma viatura em chamas. Além da viatura que ardeu, uma outra, que estava contígua, ficou também com a parte lateral danificada, segundo a mesma fonte.

Segundo adiantou à Lusa, na manhã deste sábado, a oficial de serviço na Direcção Nacional da PSP, não estão até ao momento identificados quaisquer suspeitos.

Esta é a quarta noite, esta semana, de actos de violência e vandalismo na região de Lisboa. Na madrugada de quinta-feira, trinta caixotes do lixo e ecopontos foram incendiados em toda a área do Comando Metropolitano de Lisboa, com especial incidência no concelho de Sintra.

Na terça-feira, a esquadra da PSP da Bela Vista foi atingida por cocktails molotov e em Odivelas e Póvoa de Santo Adrião foram incendiados caixotes do lixo e viaturas.

As imagens dos ecopontos e da viatura incendiadas esta madrugada foram partilhadas nas redes sociais por Jorge Cavaleiro, guarda nocturno que captou o momento em que os bombeiros combatiam as chamas, na Rua Manuel Alpedrinha, no bairro da Reboleira. O vandalismo chegou à Amadora“, diz o guarda-nocturno.

Noite de Vandalismo na Amadora Três Ecopontos, um Molok e uma Carrinha de entrega de Medicamentos destruida (Rua Manuel Alpedrinha na Reboleira)

Publicado por Jorge Cavalheiro em Sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

Vandalismo chegou à Amadora (Rua Manuel Alpedrinha na Reboleira) vídeo 2

Publicado por Jorge Cavalheiro em Sexta-feira, 25 de janeiro de 2019

De acordo em não generalizar incidentes

O presidente da República revelou este sábado que ele e o seu homólogo cabo-verdiano estiveram de acordo em não generalizar aquilo que são casos específicos, ao referir-se aos incidentes relacionados com o bairro da Jamaica, no Seixal.

Marcelo Rebelo de Sousa esteve na sexta-feira com Jorge Carlos Fonseca, na ilha cabo-verdiana do Sal, onde fez escala antes de partir para a Cidade do Panamá, para participar nas Jornadas Mundiais da Juventude.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, os chefes de Estado dos dois países estiveram “de acordo em não empolar, generalizando aquilo que são casos específicos em investigação”. “Estivemos de acordo quanto à necessidade de haver serenidade para que a radicalização no tratamento da matéria não gere radicalização”, frisou.

“Fizemos declarações em conjunto e nessas declarações o sr. Presidente Jorge Carlos Fonseca e eu próprio estivemos de acordo quanto à importância do que está a ser a intervenção do Ministério Público para apurar o que se passou”, começou por explicar o Presidente português na Cidade do Panamá.

PSP abre inquérito a violência policial

No domingo passado, a polícia foi chamada a Vale de Chícharos, também conhecido como o Bairro da Jamaica, após ter sido alertada para “uma desordem entre duas mulheres”.

Segundo a PSP, um grupo de homens reagiu à intervenção dos agentes da polícia quando estes chegaram ao local, atirando pedras. Do incidente resultaram feridos, sem gravidade, cinco civis e um agente.

Na segunda-feira, decorreu uma manifestação contra a violência policial, convocada nas redes sociais, em frente ao Ministério da Administração Interna, em Lisboa, que resultou em quatro detenções por apedrejamento aos agentes da PSP, de acordo com a polícia. O Ministério Público e a PSP abriram entretanto inquéritos aos incidentes.

Na terça-feira, o Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, disse estar a procurar “informações concretas” sobre os incidentes entre moradores e a polícia no bairro da Jamaica, onde vivem cidadãos de origem cabo-verdiana.

Nessa noite, três dezenas de caixotes do lixo e ecopontos foram incendiados em toda a área do Comando Metropolitano de Lisboa, com especial incidência no concelho de Sintra, e um autocarro ardeu em Setúbal.

Na quinta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa considerou que a “posição sensata” sobre os casos de violência dos últimos dias na Grande Lisboa é não generalizar nem os comportamentos dos cidadãos envolvidos, nem a atuação da polícia.

ZAP // Lusa

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1 Comment

  1. Se são tão hábeis em terrorismo porque não ficaram na terra deles onde eram tão bons profissionais? Será por falta de apoio moral e financeiro com o desaparecimento da defunta URSS? A melhor forma do ser humano se fazer respeitar é respeitar os outros e procurar vencer na vida à custa do seu suor, mesmo se entendemos que por vezes a vida não é bem igual para todos

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