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Treinou Rúben, Renato e Félix: “Agora é fácil sacar dos galões, como outros”

Manuel de Almeida / Lusa

Hélder Cristóvão vai orientar uma equipa da Arábia Saudita. Antigo defesa acha estranho ainda não ter sido treinador na I Liga portuguesa.

Al-Hazm é o próximo destino de Hélder Cristóvão. O treinador vai liderar pela terceira vez uma equipa da Arábia Saudita, depois de passagens por Al-Nassr e Al-Ettifaq, em 2018/19.

Mas este projeto é diferente dos anteriores: “Este Al-Hazm é um projeto totalmente diferente, é um clube que sobe e desce. Este ano foi-me pedido pelo presidente estabilizar o clube na I Liga, ajudar a mudar o perfil do jogador”.

“Eles apostam muito nos jogadores africanos, na transição e na velocidade, mas, a meu ver, têm pouca decisão. Vamos apostar mais num perfil europeu e em jogadores com perspetiva de venda”, analisou o técnico em entrevista no programa Linha de Golo.

Hélder considera que fez um bom trabalho no Al-Nassr, onde foi diretor e coordenador da formação, além de ter sido treinador principal. A sua passagem pelo Al-Ettifaq foi “um pouco à moda da Arábia. Ou seja, fui emprestado para fazer dois jogos“, explicou.

A última experiência do antigo internacional português foi na Eslováquia, ao serviço do FC DAC 1904 Dunajská Streda. Treinar na I Liga portuguesa…é que ainda não: “Portugal não aconteceu porque não me deram oportunidade para treinar na I Liga, estranhamente, porque vim de um período no Benfica B de cinco anos com 220 jogos, mas não se deu a transição para a I Liga”.

“Não sei se foi por culpa minha, porque quis fazer mais dois anos na equipa B do Benfica. Era a minha formação como treinador, mas acho que no futuro vai acontecer”, acredita.

Enquanto liderou o Benfica B, entre 2013 e 2018, Hélder Cristóvão cruzou-se com jogadores como Rúben Dias, Renato Sanches ou João Félix – hoje estão todos no Euro 2020 e foram todos campeões nacionais na última temporada, respetivamente em Inglaterra, França e Espanha.

“Sinto-me muito feliz e orgulhoso, não só por ter feito parte do crescimento deles, mas também por ver que aconteceu aquilo que idealizámos para eles. É um bocado fácil sacar agora dos galões, como muita gente o faz, mas essencialmente o mérito tem de ser dado ao Benfica, pela sua visão”, afirmou Hélder.

Nuno Teixeira, ZAP //

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