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Antiga tradição azteca pode ajudar a alimentar as megacidades do futuro

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A solução para aquele que pode ser um dos nosso principais problemas daqui a umas décadas pode estar “escondido” nua antiga tradição azteca, de acordo com a investigação de um cientista.

A população mundial tem vindo a crescer de vento em poupa e as cidades vão continuar a albergar cada vez mais pessoas. Até 2050, a Organização das Nações Unidas calcula que vá haver 10 mil milhões de pessoas no mundo, com 68% delas a viver em áreas urbanas.

Alimentar um número tão grande de seres humanos vai ser um problema sério e os cientistas começaram já a pensar nele na eventualidade de esta cenário se vir a confirmar. Novas investigações sugerem que sejam adotadas técnicas de agricultura tradicionais que datam do tempo da civilização Azteca.

Chinampa é um tipo de canteiro flutuante construído em madeira, que pode ser a solução para os problemas relacionados com a nossa alimentação. Com uma elevada produtividade, precisam de pouca água para se sustentarem. Esta premissa será fundamental numa altura em que será necessário alimentar um grande número de pessoas e a quantidade de água disponível será menor.

Emmanuel Eslava / Wikimedia

Exemplo de uma chinampa nos dias de hoje.

Roland Ebel, um dos cientistas que se dedicou ao estudo destas técnicas, passou 11 anos no México a observar a agricultura mesoamericana. Depois de espalhar o conhecimento aprendido na América do Sul nos Estados Unidos, o investigador ficou surpreendido ao notar que as chinampas eram pouco conhecidas na comunidade científica.

O seu estudo de Roland Ebel foi publicado em setembro na revista científica HortTechnology.

De acordo com o New Atlas, com as rotações certas de colheitas, as chinampas podem dar sete colheitas por ano. Apesar de terem sido usadas pelos Aztecas entre 1325 e 1521, as chinampas apenas são usadas num número reduzido de locais.

Além de vegetais e flores, também é possível criar animais nestes ambientes. Embora tenha um potencial enorme, os exemplos existentes atualmente ganham mais com o turismo do que com a própria agricultura. Isto porque, cada vez mais, as pessoas têm um maior interesse pelas tradições indígenas.

“Enquanto a maioria dos estrategistas enfatiza soluções de alta tecnologia, como a agricultura vertical, acho que vale a pena aprender com as conquistas dos nossos ancestrais“, defende Ebel. “Um uso restaurado de chinampas permitiria a produção intensiva de legumes frescos perto da Cidade do México, evitando as necessidades de transporte e consequências negativas na qualidade da produção e nas emissões de gases com efeito de estufa”, acrescentou.

ZAP //

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13 Comments

  1. Não descarto a possibilidade de, para não se submeterem a seguir ensinamentos dos antigos, cientistas prefiram criar pílulas alimentícias, que, uma vez ingeridas, expandem-se e “saciam” a fome dos nossos filhos e netos 🙂

  2. Pelo andar da carruagem eu penso que as tais megacidades irão terminar num montão de escravos e esqueletos humanos; erros fatais, a continuidade do aumento da população mundial e o empilhamento da mesma em cidades onde nalgumas já se começa a nem sequer ter ar para respirar.

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