O Reino Unido partiu para a guerra no Iraque em 2003 “sem esgotar as opções pacíficas para um desarmamento”, afirmou hoje o presidente da comissão criada há sete anos para investigar o envolvimento britânico no conflito armado.
O relatório da comissão Chilcot critica duramente as decisões tomadas por Tony Blair, ex-primeiro-ministro trabalhista, em relação à guerra do Iraque, na qual morreram 179 soldados britânicos e dezenas de milhares de iraquianos.
A alegada posse pelo regime iraquiano de armas de destruição maciça, nunca comprovada, foi a principal justificação para a participação do Reino Unido na invasão do Iraque, em março de 2003, quando Tony Blair liderava o governo britânico.
John Chilcot, cuja comissão foi criada há sete anos para apurar os contornos do envolvimento britânico no conflito, concluiu que “o Reino Unido escolheu juntar-se à invasão do Iraque antes de esgotar as opções pacíficas para um desarmamento”.
“A ação militar não era, na altura, o último recurso“, disse Chilcot, acrescentando que a investigação concluiu também que os planos para a ocupação do Iraque foram “completamente desadequados”.
“Apesar das advertências explícitas, as consequências da invasão foram subestimadas. O planeamento e os preparativos para o Iraque pós-Saddam foram completamente desadequados”, disse.
No relatório, que está disponível online, lê-se ainda que Tony Blair garantiu apoio incondicional a George W. Bush, “aconteça o que acontecer”.
O presidente da comissão que investigou o envolvimento britânico naquela guerra descreve que, em 2002, o primeiro-ministro britânico Tony Blair prometeu ao presidente norte-americano George W. Bush participar na invasão do Iraque acontecesse o que acontecesse.
“A 28 de julho, Blair escreveu ao presidente Bush para lhe assegurar que estaria com ele ‘houvesse o que houvesse'”, disse John Chilcot na apresentação pública das conclusões da comissão.
Blair diz que agiu no “melhor interesse” do país
O ex-primeiro-ministro britânico afirma ter agido no “melhor interesse” do Reino Unido, numa resposta ao relatório que critica a forma como decidiu entrar na Guerra do Iraque em 2003.
“O relatório devia pôr termo às alegações de má-fé, mentiras ou enganos. Quer se concorde ou discorde da minha decisão de uma ação militar contra Saddam Hussein, tomei-a de boa-fé e no que acredito ser o melhor interesse do país“, afirmou Tony Blair num comunicado divulgado em resposta à apresentação do relatório Chilcot.
No comunicado, Blair admite que o documento contém “críticas sérias que exigem respostas sérias” e promete dar essas respostas “hoje à tarde” e “assumir plena responsabilidade por quaisquer erros”.
“Ao mesmo tempo direi por que razão, apesar de tudo, acredito que foi melhor afastar Saddam Hussein e por que razão não acredito que essa seja a causa do terrorismo que vemos hoje”, afirmou.
ZAP / Lusa
Para quando o julgamento no tribunal de Haia?
O Tony exagerou coisa nenhuma!
O Tony mai’lo Burroso, mai’lo Azno não tiveram foi “balls” suficientes para mandarem o G. BêbedUSH ir catar as pulgas do Rumsfeld.
Havia motivos mais do que suficientes para eliminar uma séria ameaça do Sadan se tornar no ditador de toda aquela região e já tinha dado provas disso ao invadir o Irão e depois o K