Os EUA foram esta quarta-feira, durante alguns minutos, o país mais barulhento do mundo. Todos os que estiverem no país ouviram o seu telemóvel tocar — e o de todos os outros. Apesar do disparo do alarme, não houve pànico.
Tratou-se de um teste nacional de alerta de emergência organizado pelo Governo norte-americano, que tem como objetivo avaliar a eficácia do Sistema de Alerta de Emergência (EAS) e Alertas de Emergência Sem Fios (WEA) na disseminação de informações de emergência ao público.
“O objetivo do teste de dia 4 de outubro é assegurar que estes sistemas continuam a ser eficazes no alerta público acerca de emergências, especialmente nas de nível nacional”, explicou, em comunicado, a Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA).
O teste envolveu o envio de alertas para todas as rádios e televisões no âmbito do EAS, bem como para telemóveis de consumidores.
Tudo começou exatamente às 14h18 locais (19h18 em Portugal), dois minutos antes do que estava previsto, hora a que todos os telemóveis receberam um alerta acompanhado de uma mensagem de texto.
Originalmente em inglês e espanhol, dependendo das configurações de idioma do dispositivo que o recebeu: “ISTO É UM TESTE do Sistema Nacional de Alerta de Emergência Sem Fios. Nenhuma ação é necessária”, dizia o alerta.
THAT ALARM WAS LIKE 2 MINS EARLY #EmergencyAlertSystem pic.twitter.com/spU3bsFTdp
— frooty in the booty (@frootytreblez) October 4, 2023
O alerta chegou com um tom e vibração únicos, tornando-o acessível a pessoas com deficiências.
As torres celulares transmitiram o teste durante cerca de 30 minutos. Qualquer telemóvel compatível que estivesse ligado e dentro do alcance de uma torre ativa deverá receber a mensagem.
Paralelamente, rádios e televisões transmitiram uma mensagem de alerta de teste com duração aproximada de um minuto. Não era necessário fazer qualquer ação após receber os alertas de teste.
Não é a primeira vez. Teste de 2018 correu mal
Este foi o sétimo teste nacional do EAS e o terceiro para o WEA. Os testes mais recentes foram realizados em 2021, e o primeiro teste de sempre ocorreu em 2011.
O teste de 2018, no entanto, ficou marcado por alguns contratempos. O mais notável foi um incidente em 2018 no Havai, onde um funcionário acionou acidentalmente um falso alerta de míssil, causando breve pânico generalizado.
Outro caso ocorreu no início deste ano na Flórida, onde um alerta de emergência não intencional acordou os residentes. No ano passado, oficiais da FEMA alertaram para potenciais vulnerabilidades no software utilizado por redes de TV e rádio para transmitir alertas de emergência.
Essas vulnerabilidadespoderiam permitir que hackers transmitam mensagens falsas, embora não houvesse evidências que sugerissem qualquer exploração maliciosa.