Ninjatitan zapatai viveu há aproximadamente 140 milhões de anos, no início do Cretáceo, na atual Patagónia, na Argentina. Segundo os cientistas, o novo espécime fóssil de tiranossauro pode ser o mais antigo do mundo.
Com cerca de 20 metros de comprimento, o Ninjatitan zapatai pertence ao Titanosauria, um grupo diversificado de dinossauros saurópodes que inclui espécies que vão desde os maiores vertebrados terrestres até aos “anões” do tamanho de elefantes.
“Durante a história evolutiva, os saurópodes tiveram diferentes momentos, diferentes pulsos de gigantismo”, explicou Pablo Ariel Gallina, paleontólogo da Fundación Azara da Universidade Maimonides e do CONICET, ambos na Argentina, citado pelo Sci-News.
“Havia animais de grande porte no final do período jurássico, como o Apatossauro e o Braquiossauro. Já na linha dos titanossauros, o pulso com os maiores gigantes ocorre em meados do período Cretáceo, com espécies como Patagotitan, Argentinosaurus ou Notocolossus”, acrescentou.
O Ninjatitan zapatai, de pescoço e cauda longos, é uma nova espécie de titanossauro e o registo mais antigo desse grupo. “Esta descoberta é muito importante para o conhecimento da história evolutiva dos saurópodes”, comentou Gallina.
Segundo o portal, os restos fósseis pós-cranianos foram descobertos na Formação Bajada Colorada, na província de Neuquén, na Patagónia.
“A presença de um saurópode titanossauro basal no cretáceo inferior da Patagónia apoia a hipótese de que o grupo foi estabelecido no hemisfério sul e reforça a ideia de uma origem gondwana para os titanossauros”, afirmaram os autores do artigo científico, publicado no dia 28 de fevereiro na revista científica Ameghiniana.
O hemisfério sul era ocupado pelo supercontinente Gondwana, que deu origem à América do Sul, África, Austrália, Antártida, Índia e Península Arábica.