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Tinder quer cobrar utilizadores para “bloquear” agressores sexuais na aplicação

O Match Group, que detém o Tinder, está a investir numa nova funcionalidade que permite fazer verificações de antecedentes aos matches. O problema é que quer cobrar os utilizadores pelo serviço.

O Match Group é uma empresa norte-americana que detém o maior portfólio de serviços de encontros online, entre os quais Tinder, Match.com, Meetic, OkCupid, Hinge, PlentyOfFish, Ship e OurTime.

Esta segunda-feira, o grupo anunciou um investimento na startup Garbo, que visa ajudar os utilizadores a fazer verificações de antecedentes nas potenciais correspondências na aplicação, conhecidas como matches.

Recentemente, o Match Group esteve debaixo de fogo após se descobrir que bloqueia agressores sexuais com cadastro na sua aplicação paga Match.com, mas não nas aplicações grátis, revelou a ProPublica. A parceria com a Garbo surge numa tentativa de remediar este problema.

“Sempre estivemos comprometidos em melhorar a segurança e investir nas tecnologias mais recentes nos nossos produtos”, disse um porta-voz do Match. “Estamos a fazer uma parceria com a Garbo porque acreditamos nesta plataforma e na sua missão de que as pessoas tenham acesso a este tipo de informação”.

A Garbo permite que os utilizadores pesquisem registos criminais (excluindo aqueles para acusações de posse de drogas e violações do código da estrada) sobre os seus potenciais encontros amorosos.

A versão beta da tecnologia ainda só funciona com dados de Nova Iorque, nos Estados Unidos, e é só relativa a casos ativos e não passados. O Match Group planeia expandir a cobertura do serviço para incluir casos anteriores e outros estados, de acordo com um porta-voz da empresa.

O problema é que os utilizadores terão de pagar para usar o serviço de verificação de antecedentes. O porta-voz da empresa garante que a funcionalidade terá um custo acessível.

“A segurança física não deveria ser de acesso pago”, disse Raja Krishnamoorthi, da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, que lançou a primeira investigação do Congresso às aplicações de encontros online. “Se o Match Group quisesse mostrar-nos que leva a sério a proteção das pessoas, eles disponibilizariam este recurso para todos os utilizadores sem nenhum custo”.

Daniel Costa, ZAP //

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