Theresa May e Michael Gove na corrida para suceder a Cameron

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surreynews / Flickr

Theresa May, ministra do Interior britânica

Theresa May, ministra do Interior britânica

Theresa May oficializou a candidatura para ocupar o lugar de Cameron. E quando todos pensavam que seria Boris Johnson o seu principal opositor, eis que chega o ministro da Justiça para trocar as voltas.

A ministra do Interior do Reino Unido, Theresa May, anunciou a sua candidatura à sucessão do primeiro-ministro britânico, numa carta publicada pelo Times.

David Cameron anunciou a sua demissão, com efeitos a partir de outubro, depois dos eleitores britânicos terem decidido num referendo que o Reino Unido deve sair da União Europeia.

Tal como o líder conservador, também a ministra apoiava a permanência no bloco europeu, mas teve uma postura discreta e um papel conciliador na campanha, tendo sido apontada como uma candidata consensual.

“Após o referendo da semana passada, o nosso país precisa de uma liderança forte e reconhecida para nos orientar neste período de incerteza económica e política e para negociar os melhores termos possíveis a saída da União Europeia”, escreveu.

A ministra também anunciou o desejo de lançar “um programa radical de reformas sociais” para “fazer do Reino Unido um país ao serviço de todos”.

A sua postura de consenso levou o Sunday Times a apresentá-la como “a única figura capaz de unir as fações rivais do partido” conservador.

No entanto, a governante não está sozinha na corrida. O ministro da Justiça Michael Gove também já anunciou que vai avançar para a liderança do Partido Conservador e para suceder a Cameron no posto de primeiro-ministro.

Gove foi uma das principais figuras na campanha a favor do Brexit e, segundo a BBC, era esperado que apoiasse a candidatura de Boris Johnson.

“Eu repetidamente disse que não queria ser primeiro-ministro. Mas os acontecimentos da passada quinta-feira pesaram muito na minha consciência“, afirmou.

“Respeito e admiro todos os candidatos que estão a concorrer à liderança. Em particular, queria ajudar a construir uma equipa que apoiasse Boris Johnson para que um político que defendesse a saída da UE pudesse levar-nos a um futuro melhor”.

No entanto, Gove, que também já foi ministro da Educação, concluiu que “Boris não consegue trazer a liderança necessária ou construir uma equipa para a missão que temos à nossa frente”.

Boris Johnson não é candidato

O principal rosto da campanha pela saída do Reino Unido da União Europeia anunciou que não é candidato à sucessão do primeiro-ministro, na liderança do Partido Conservador.

Enumerando as tarefas que o próximo primeiro-ministro deve realizar, Boris Johnson afirmou: “Concluí que essa pessoa não posso ser eu”.

O ex-presidente da câmara de Londres falava à imprensa em Londres minutos antes de terminar o prazo para a apresentação de candidaturas à liderança dos ‘Tories’.

Além dos dois anteriores candidatos, apresentaram-se ainda o ministro do Trabalho e Pensões, Stephen Crabb, e o antigo ministro da Defesa, Liam Fox.

Uma vez encerradas as candidaturas, os deputados terão três semanas para escolher dois finalistas que serão alvo da votação dos 150 mil membros do partido durante o verão.

O nome do novo chefe do Governo será anunciado a 9 de setembro.

ZAP / Lusa

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