Testosterona afasta Semenya: “Nos 400 metros sou um homem. Nos 100, uma mulher”

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Jean-Christophe Bott / EPA

A atleta sul-africana Caster Semenya no meeting de Zurich, em Agosto de 2018

A World Athletics ditou que atletas com níveis anormais de testosterona estão proibidas de correr em provas de distâncias superiores a 400 metros.

Os anormais níveis de testosterona de Caster Semenya fizeram com que a World Athletics, a federação mundial de atletismo, proibisse a bicampeã olímpica de participar nas provas de 400, 800, 1.500 e 1.600 metros femininos.

A polémica em torno da sul-africana não é recente e, depois de realizar testes — cujos resultados nunca foram revelados publicamente —, esteve vários meses suspensa. Semenya foi autorizada a competir em competições femininas internacionais em julho de 2010, mas tem enfrentado uma série de restrições.

A World Athletics decidiu recentemente que as atletas que apresentem um nível de testosterona superior a 5 nanomoles por litro de sangue estão proibidas de correr distâncias superiores a 400 metros.

“Portanto, de acordo com a World Athletics e os seus membros, eu sou um homem nos 400, 800, 1.500 e 1.600 metros. Nos 100, 200 metros e eventos de longa distância sou uma mulher. Que estudo. Que tipo de idiota faria uma coisa destas?”, escreveu a atleta no Twitter.

Em resposta, nas redes sociais, um utilizador chamou a atenção para a atual detentora do recorde de 800 metros, Jarmila Kratochvílová. Em 1983, a checoslovaca conquistou o ouro em Munique, com uma marca de 1:53.28. O melhor tempo de Semenya é de 1:54.25, em 2018.

“Boicotem a World Athletics até que a justiça seja feita e a nossa superestrela esteja a disputar os seus eventos favoritos novamente”, apelou o internauta.

Daniel Costa, ZAP //

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