Nos primeiros nove meses deste ano nasceram menos 775 bebés do que em igual período do ano passado. Lisboa, Porto e Braga registaram mais nascimentos.
O “teste do pezinho” indica quebra de nascimentos nos primeiros nove meses do ano. Os números mostram que nasceram menos 775 bebés do que em igual período do ano passado, ou seja, uma houve quebra de 1,2%.
Entre janeiro e setembro, foram rastreados 65.165 recém-nascidos no âmbito Programa Nacional de Rastreio Neonatal (PNRN), coordenado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA).
Comparando com o período homólogo de 2015, ano em que foram analisados 62.990 bebés, o número mais baixo dos últimos cinco anos para igual período, verificou-se um aumento de 2,2%, o que representa mais 1.400 nascimentos, apontam os dados os INSA avançados à agência Lusa.
Janeiro foi o mês que registou o maior número de “testes do pezinho” realizados (8.043), seguido de setembro (7.712), julho (7.625), março (7.182), abril (7.067), junho (7.048), maio (6.910), agosto (6.904) e fevereiro (5.899).
Os dados do rastreio neonatal indicam ainda que Lisboa foi a cidade que registou o maior número de nascimentos (18.867), seguida do Porto (11.831) e de Braga (5.032). Nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira nasceram 1.547 e 1.353 bebés, respetivamente.
O ano de 2019 foi aquele que registou o valor mais alto dos últimos quatro anos, com 87.364 recém-nascidos estudados. Em 2018, tinham sido 86.827 e no ano anterior 86.180.
O “teste do pezinho”, que cobre quase a totalidade dos nascimentos no país, é realizado a partir do terceiro dia de vida do recém-nascido, através da recolha de umas gotículas de sangue no pé da criança, e permite diagnosticar algumas doenças graves que clinicamente são muito difíceis de diagnosticar nas primeiras semanas de vida e que mais tarde podem provocar alterações neurológicas graves, alterações hepáticas, entre outras situações.
Estes testes permitem identificar crianças que sofrem de doenças, como a fenilcetonúria ou o hipotiroidismo congénito, que podem beneficiar de intervenção terapêutica precoce.
ZAP // Lusa