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17 anos depois, teste de ADN identifica nova vítima do 11 de setembro

Investigadores forenses conseguiram identificar a 1642ª vítima do atentado às Torres Gémeas, ocorrido em 11 de setembro de 2001, na cidade de Nova Iorque.

11 de setembro de 2001 é aquela data que dificilmente alguém vai esquecer. O dia em que dois aviões sequestrados por terroristas da Al-Qaeda embateram nas Torres Gémeas, em Nova Iorque, nos EUA, e mataram 2.753 pessoas.

No entanto, como escreve o Live Science, a destruição dos arranha-céus deixaram muitos restos demasiado danificados para poderem ser identificados. Até há pouco tempo, apenas 1.641 dessas vítimas – cerca de três quintos – haviam sido identificadas entre os restos mortais recuperados do Ground Zero.

Porém, esta quarta-feira, segundo o New York Times, foi identificada a 1642ª vítima deste atentado, que foi um dos mais mortais da história, através da correspondência dos restos mortais com um teste de ADN.

Scott Michael Johnson, de 26 anos, estava a trabalhar no 89.º piso da torre sul, como analista de valores mobiliários no banco de investimento Keefe, Bruyette & Woods, quando o ataque terrorista aconteceu.

Cientistas forenses conseguiram provar que o ADN extraído de um osso encontrado no local coincide com uma amostra de ADN tirada da escova de dentes da vítima e amostras dos seus pais. De acordo com o jornal, esta é a primeira vítima mortal identificada desde agosto de 2017.

Desde o 11 de setembro, o médico legista tem feito um esforço contínuo para identificar “quase 22 mil” restos mortais recuperados no local. Esta identificação bem sucedida foi a sexta ou sétima tentativa para identificar o osso de Johnson.

O processo para identificar o osso, de acordo com o diário, envolveu retirar uma amostra do osso e transformá-lo em pó para libertar o ADN. De seguida, os analistas forenses expuseram o pó a enzimas que replicaram e multiplicaram qualquer ADN presente, aumentando assim o tamanho da amostra para o sequenciamento.

Desta vez, segundo o New York Times, os cientistas usaram uma nova técnica de pulverização do osso, utilizando “rolamentos de esferas ultra-sónicos” (que se esbatem muito rapidamente), o que criou um pó ainda mais fino. Esse pó ajudou a produzir um resultado positivo.

Tom Johnson, pai do falecido Scott, afirmou que “embora esteja grato por a cidade ter sido sensível e diligente no seu trabalho, esta novidade é apenas mais uma lembrança da dor que ele e sua família sentiram durante 17 anos”, cita o jornal norte-americano.

ZAP //

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