TESS da NASA descobriu nova Terra em zona habitável

A agência espacial norte-americana, NASA, anunciou a descoberta de um planeta com boas possibilidades de ser habitável.

O TOI 700e, um planeta com características semelhantes à Terra, foi localizado pelo satélite Transiting Exoplanet Survey (TESS) na zona Goldilocks — a área classificada como “zona habitável” do seu sistema solar.

O termo é usado para as regiões de um sistema solar que reúnem condições de ter, na sua crosta, água no estado líquido.

A descoberta foi anunciada esta semana por Emily Gilbert, investigadora do JPL — Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, durante a 241ª reunião da American Astronomical Society, em Seattle, nos Estados Unidos, e apresentada pela NASA no seu site.

Usando dados do TESS, os cientistas identificaram o planeta como “um mundo do tamanho da Terra, orbitando dentro da zona habitável de sua estrela”.

Segundo a NASA, o TOI 700e tem 95% do tamanho da Terra e é provavelmente rochoso. O planeta demora 28 dias a orbitar a “pequena e fria estrela anã” TOI 700, localizada no centro do sistema, a cerca de 100 anos-luz, na constelação austral de Dorado.

Os astrónomos já tinham descoberto três planetas no mesmo sistema, designados TOI 700 “b”, “c” e “d”.

A exemplo do “TOI 700e”, também o TOI 700d está localizado na zona habitável do sistema. Foi descoberto em 2020 e tem aproximadamente o tamanho da Terra.

O TESS monitoriza grandes faixas do céu, chamadas sectores, durante aproximadamente 27 dias de cada vez. Estes longos olhares permitem com que o satélite acompanhe as mudanças de luminosidade estelar provocadas pela travessia do planeta em frente da sua estrela, um acontecimento chamado trânsito.

A missão utilizou esta estratégia para observar o céu do hemisfério sul a partir de 2018, antes de se virar para o céu do hemisfério norte. Em 2020, regressou ao céu do sul para observações adicionais.

Segundo a NASA, foi necessário um ano adicional de observações para o TESS poder concluir que há um segundo planeta nesta mesma zona habitável.

“Se a estrela estivesse um pouco mais próxima ou se o planeta fosse um pouco maior, talvez pudéssemos ter conseguido identificar o TOI 700e no primeiro ano de dados do TESS”, explicou Ben Hord, investigador do Goddard Space Flight Center da NASA. “Mas o sinal era tão fraco que precisávamos de um ano extra de observações de trânsito para o identificar”.

Os cientistas definem a zona habitável optima de um sistema estelar como o intervalo de distâncias a uma estrela onde a água líquida da superfície pode estar presente em algum momento da história de um planeta.

Esta área se estende para ambos os lados da zona habitável conservadora, a faixa onde os pesquisadores supõem que a água líquida poderia existir durante a maior parte da vida do planeta. TOI 700 d orbita nesta região.

Encontrar outros sistemas com mundos do tamanho da Terra nesta região ajuda os cientistas planetários a conhecer melhor a história do nosso próprio sistema solar.

“O TESS acaba de completar o seu segundo ano de observações do céu do norte”, disse Allison Youngblood, astrofísica do programa TESS. “Estamos ansiosos por outras descobertas emocionantes escondidas no tesouro dos dados da missão.”

ZAP //

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