Tesouro de ouro terá pertencido à tribo celta dos Coritanos, que viviam na região antes da conquista romana. Descoberta inédita assinala a primeira remessa de moedas de ouro da Idade do Ferro encontrada no País de Gales.
Detetores de metal descobriram um tesouro recheado de ouro num grande campo da ilha de Anglesey, no País de Gales, naquela que é uma descoberta inédita para o país, uma vez que foi descoberta a moeda da Idade do Ferro pela primeira vez na nação.
O tesouro, datado entre 60 a.C. e 20 d.C., continha 15 moedas de ouro em muito bom estado. Usadas como moeda comum na Grécia antiga, vieram de outras moedas de ouro macedónicas de Filipe II, rei do antigo reino da Macedónia.
Com o busto do deus grego Apolo a usar uma coroa de flores na cara e uma carruagem de dois cavalos na coroa, as moedas terão pertencido à tribo dos Corieltáuvos (ou Coritanos), que viviam na região durante a Idade do Ferro, antes da conquista romana.
Para além de moedas que têm vindo a ser encontradas, pouco se sabe sobre os costumes ou organização política desta tribo celta antes da conquista romana da Grã-Bretanha. Após a invasão romana, tornaram-se parte da província romana da Britânia e a sua principal cidade, Ratae Corieltauvorum, é hoje conhecida como Leicester.
Não se sabe ao certo como é que as moedas acabaram no meio do campo da ilha, mas a organização arqueológica de Gwynedd, que fornece serviços arqueológicos ao País de Gales, garantem que foram produzidas em três distintas casas de moedas.
Descobertas no importante centro religioso que é a ilha de Anglesey, ao largo da costa noroeste do País de Gales, os investigadores acreditam que as moedas podem ter sido parte de uma oferenda aos deuses, de acordo com comunicado oficial.
A maior ilha galesa e a quinta maior das Ilhas Britânicas, conhecida em galês como “Ynys Môn”, Anglesey possui uma rica história que remonta à Pré-História, com um grande leque de locais arqueológicos.
