Tesouro com 3000 anos da Idade do Bronze descoberto na Escócia

GUARD Archaeology’s Finds Lab

Fotografia de pré-escavação do tesouro antes da escavação

Uma equipa de arqueólogos descobriu um tesouro da Idade do Bronze que inclui nove braceletes e colares de bronze enterrados por volta de 1000 a.C., juntamente com restos de plantas orgânicas raras.

O espólio foi descoberto durante escavações efetuadas no âmbito de trabalhos de um empreendimento imobiliário na região de Rosemarkie, no norte da Escócia.

O achado reveste-se de grande importância, uma vez que o tesouro não foi encontrado isoladamente: faz parte de um povoado pré-histórico que inclui pelo menos seis casas e uma cisterna.

A escavação em laboratório revelou um anel de pescoço completo, um anel de pescoço parcial, seis braceletes penanulares — em forma de círculo quase completo com uma pequena abertura — e uma bracelete em forma de taça.

Estes artefactos encontravam-se entrelaçados com cordas fibrosas que tinham sobrevivido ao sepultamento, há cerca de 3000 anos.

“A recuperação dos artefactos foi realizada sob as condições necessárias para preservar os objetos, particularmente os cordões orgânicos que unem alguns deles. Nos casos em que as pulseiras estavam unidas, foram recuperadas para permitir uma investigação mais pormenorizada”, explica a líder da investigação, Rachel Buckley, em comunicado.

“Embora existam outros exemplos de espólios em que se postulou que os objetos estavam ligados entre si devido ao seu posicionamento, a vegetação encontrada junto ao espólio de Rosemarkie subsistiu durante 3000 anos, provando que os artefactos foram mantidos juntos“, conclui a investigadora.

As propriedades anti-mibrobianas do cobre contribuíram para a preservação destes materiais, uma vez que os elementos resultantes da corrosão deste metal aderiram aos materiais orgânicos, protegendo-os da decomposição.

A descoberta do tesouro da Idade do Bronze em Rosemarkie tem implicações significativas para o estudo da arqueologia e da história da Escócia. Os artefactos fornecem uma visão detalhada das práticas culturais, artesanais e religiosas dos antigos Highlanders.

Os investigadores acreditam que, dado que a cova rasa foi preenchida de uma só vez e contém apenas o tesouro, o enterramento terá sido planeado, possivelmente como armazenamento temporário.

A equipa vai agora continuar a examinar os vários elementos encontrados para compreender por que razão o tesouro foi enterrado neste local.

Soraia Ferreira, ZAP //

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