A Tesla superou os 420 dólares pela primeira vez na sua história. A fabricante segue a somar 3,5% para 419,78 dólares – e já esteve esta segunda-feira a negociar nos 422,01 dólares, o que constitui um novo máximo histórico.
A subir há quatro sessões consecutivas, a Tesla está a ser impulsionada pelo facto de ter conseguido mais de 10 mil milhões de yuans (equivalente a 1,28 mil milhões de euros) em financiamento por parte de bancos chineses para a sua fábrica de Xangai, de acordo com a Bloomberg.
Em setembro do ano passado, a SEC determinou que Musk tinha escolhido o valor de 420 dólares como o preço a que supostamente a Tesla sairia de bolsa apenas para fazer uma piada sobre marijuana. Na cultura da canábis, o dia 20 de abril (4/20) é celebrado como o dia para se fumar marijuana.
Ao atingir o patamar, Musk escreveu no Twitter que as ações estavam “muito altas” (“so high”) – o que constitui um trocadilho, já que high também se utiliza como sinónimo de estar “pedrado”.
O CEO da Tesla, Elon Musk, reagiu no Twitter, apesar de a autoridade reguladora do mercado de capitais dos EUA, a Securities and Exchange Commissiona (SEC), ter advertido Musk contra os seus tweets, que podem fazer mexer no preço das ações.
No ano passado, de acordo com o Jornal de Negócios, Musk publicou muitos “tweets” que fizeram oscilar o valor das ações. O mais polémico, e o que esteve no centro das atenções – tendo dado origem a um processo do regulador de capitais dos EUA – foi o que apontou para a saída de bolsa da fabricante de automóveis, com o CEO a avançar com o valor de 420 dólares por ação.
Na verdade, nada se concretizou nem havia financiamento garantido para tal operação. A SEC decidiu processar Musk, alegando fraude com ações, e determinou que Musk teria de abandonar o cargo de chairman da empresa, mantendo-se apenas como presidente executivo.
Musk e a Tesla concordaram em pagar uma multa de 20 milhões de dólares (equivalente a 18 milhões de euros). Além disso, Musk saiu do cargo de chairman durante três anos. A empresa também teve de contratar novos administradores independentes e foi obrigada a implementar controlos para monitorizar as comunicações do CEO.