Tesla
Mais do que questões técnicas, desta vez olha-se para números: queda de 12,13% num só dia e desvalorização de 26% em poucas semanas.
Esta quinta-feira foi um dia quase normal nas bolsas dos Estados Unidos da América.
Olhando para os índices principais, o S&P 500 subiu 0,53%, o Dow Jones também subiu ligeiramente (0,64%), tal como o Nasdaq Composite, embora com percentagem mais baixa (0,18%).
Uma subida animadora surgiu numa estimativa do departamento do Comércio: a economia dos EUA cresceu 3,3% entre Outubro e Dezembro do ano passado.
Mas o dia foi “quase normal” porque houve uma excepção: a Tesla.
No mesmo dia foi apresentado o relatório do quatro trimestre de 2023: as receitas automóveis subiram 1%. É uma subida mas fica bem abaixo das expectativas do mercado.
E a Testa admite que deve vender menos carros em 2024 – sem apresentar números, orientações concretas nessa estimativa (o que não é normal, como reforça o Jornal de Negócios).
Como é normal, o relatório da empresa afundou a própria empresa nos mercados financeiros: queda de 12,13% num só dia. É o valor mais baixo desde Maio passado e foi uma perda de 64 mil milhões de euros em capitalização bolsista só na sessão de ontem.
Mais do que isso: em poucas semanas, desde o início de 2024, a Tesla já desvalorizou em bolsa 26,48%.
A situação económica global, a menor procura por carros eléctricos, o aumento da concorrência e os constantes problemas técnicos estão na lista dos entraves para a empresa de Elon Musk.
“A Tesla está em sarilhos”, resume o The Byte, que acrescenta que Musk não está a ajudar a suavizar a situação.
O dono da empresa estará a fazer chantagem com os investidores: ou recupera uma participação de 25% na Tesla ou acaba com projectos de Inteligência Artificial.
E há outro factor: houve muito foco no Cybertruck, outros projectos foram parcialmente ignorados e, depois, o produto final desiludiu.
