A insolvência das empresas de borrachas Empobor e Borvul levou a que tivessem de leiloar os seus ativos para pagar as dívidas.
As empresas portuguesas Empobor – Empresa Portuguesa de Borrachas e Borvul – Borrachas Vulcanizadas, fundadas nos anos de 1972 e 1981, que chegaram a ser pilares no distrito de Leiria, entraram em declínio ao mesmo tempo e acabaram por declarar insolvência.
A Empobor, inicialmente focada em fornecer exclusivamente para as fábricas de recauchutagem dos seus sócios fundadores, expandiu rapidamente as suas operações para o mercado externo, consolidando a sua presença na zona industrial da Formiga, em Pombal.
A Borvul, por sua vez, seguiu um trajeto semelhante de crescimento e expansão. No entanto, apesar do seu sucesso inicial, ambas as empresas controladas pelo mesmo grupo societário, enfrentaram dificuldades financeiras severas que as levaram a aderir ao Processo Especial de Revitalização (PER) no início de 2017.
As dívidas acumuladas foram avassaladoras, com a Borvul a dever 6,7 milhões de euros e a Empobor a dever mais de 6,9 milhões de euros a um total de 138 credores.
Entre os credores, destacam-se instituições financeiras como o Besleasing e Factoring, Novo Banco e Montepio, além de entidades estatais como a Segurança Social, Caixa Geral de Depósitos e o Fisco, explica o Jornal de Negócios.
Com mais de 70 trabalhadores, as empresas ainda viram os seus PERs aprovados, numa tentativa de reestruturação financeira e recuperação. Contudo, os esforços foram insuficientes, levando ambas as empresas à insolvência e ao fechamento definitivo.
A liquidação de ativos revelou-se uma tarefa árdua, com os resultados dos leilões de ativos ficando consideravelmente abaixo do total das dívidas reconhecidas.
Em julho, a massa falida da Borvul conseguiu efetuar um rateio de 943 mil euros, enquanto em dezembro, a Empobor realizou um rateio parcial de 1,174 milhões de euros, dos quais 25% foram retidos para despesas da massa insolvente.
Um dos ativos colocados em leilão, uma parcela de terreno em Vale de Figueiró, concelho de Figueiró dos Vinhos, foi leiloado com um valor base de 1,18 euros. O último lance registado foi de 1.149,02 euros para 3/16 avos do terreno, cujo valor patrimonial foi avaliado em mais de 57 mil euros.
A santa casa também tem 4 anos de prejuízo e devia seguir o mesmo caminho. Porque na lei portuguesa diz que as empresas que dêem prejuízo em 3 anos consecutivos devem abrir falência, os credores que façam o mesmo