As térmitas regem-se por uma simples regra arquitetónica para construir os seus ninhos

(dr) University of Roehampton

Um pequeno fragmento de um ninho de Nasutitermes

A curvatura de uma parede é a simples regra de construção pela qual as térmitas se regem na hora de construir os seus ninhos.

Os ninhos de térmitas são muito complexos e os cientistas sabem muito pouco acerca da construção destas estruturas tão impressionantes. De acordo com um estudo elaborado por uma equipa de investigadores da Universidade de Roehampton, no Reino Unido, estes animais regem-se por uma simples regra arquitetónica na hora da construção dos ninhos.

Segundo o Phys, a equipa sugere que é a curvatura local da superfície do ninho (quando a superfície se desvia de uma superfície plana) que faz com que as térmitas depositem novos grãos e continuem a construção.

Ao digitalizar amostras de ninhos reais de duas espécies de Nasutitermes e ao compará-las com ninhos simulados por computador (construídos com base na hipótese da curvatura local), a equipa encontrou uma grande semelhança entre os ninhos reais e as simulações.

Esta única regra arquitetónica foi suficiente para reproduzir uma série de características de ninhos reais usando simulações por computador: as térmitas têm uma alta tendência a depositar novas camadas nos locais dos ninhos onde há uma região inacabada com alta curvatura, uma parede, uma borda ou um pilar.

Os resultados foram publicados no Journal of the Royal Society Interface.

Giulio Facchini, da Universidade de Roehampton, disse que este mecanismo de construção pode reproduzir muitas das características dos ninhos de térmitas, “ainda que saibamos que diferentes espécies podem produzir ninhos com tamanhos, formas e estruturas internas diferentes”.

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