Duas estudantes da Faculdade de Psicologia da Universidade de Lisboa (FPUL) estão em greve de fome, na entrada principal daquele estabelecimento de ensino, desde a manhã de terça-feira. Protestam contra as alterações climáticas.
As jovens, Teresa Cintra e Jade Lebre, estão confinadas no acesso principal da FPUL, apenas com um garrafão de água, livros, agasalhos e colchões.
“A crise climática aprisiona o nosso futuro. Estamos sem acesso a comida até termos motivo para sair, porque em crise climática não vamos ter a escolha de ter comida, como muita gente hoje já não tem. Sem comida e sem W.C. até agirmos juntas pela vida”, escrevem as jovens no Instagram da Ocupa FPUL-IE.
“A normalidade não nos dá escolha sobre o nosso futuro”, acrescentam as jovens.
As ativistas declararam greve de fome, que se deverá manter “até ao reitor da Universidade de Lisboa emitir um apelo à disrupção contra a destruição climática pela indústria e governo fósseis” ou “até que 1500 pessoas se comprometam com a ação de resistência civil deste sábado no terminal de gás fóssil de Sines”.
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A faculdade está ocupada por jovens ativistas desde o dia 26 de abril, numa ação pelo fim aos combustíveis fósseis até 2030 e pela eletricidade 100% renovável e acessível até 2025.
Ontem, o professor catedrático José Viriato Soromenho-Marques, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi ao encontro dos ativistas e manifestou o seu apoio.
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Os ativistas apelam também a que 1.500 pessoas se comprometam a participar num ato de resistência civil no terminal de gás de Sines, no distrito de Setúbal, no sábado.
ZAP // Lusa
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