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Há uma teoria que sugere que podemos ser descendentes de marcianos

NASA/JPL-Caltech

Representação artística de um cometa a passar por Marte.

Amir Siraj, estudante de astrofísica na Universidade de Harvard, é coautor de vários artigos sobre panspermia, sugerindo que a vida na Terra pode ter começado primeiro em Marte.

Há muito tempo que os cientistas se questionam se Marte pode alguma vez ter albergado vida num passado distante. Conseguir responder a esta questão seria crucial para perceber se o ‘planeta vermelho’ é ou não habitável.

Muitos cientistas acreditam que a vida pode ter começado primeiro em Marte, espalhando-se mais tarde para a Terra, através de um processo chamado panspermia.

A panspermia explica a hipótese de que a vida existe em todo o Universo, distribuída por meteoros, asteroides e planetoides. Resumindo, esta teoria propõe que seres vivos que podem sobreviver aos efeitos do espaço, ao estilo dos extremófilos ou tardígrados, ficam presos nos escombros que são ejetados para o espaço.

A teoria da panspermia cósmica é uma das hipóteses acerca de como surgiram as primeiras formas de vida no planeta Terra. Esta ideia surgiu pela primeira vez no século V a.C., na Grécia, e foi colocada novamente em evidência no século XIX.

Amir Siraj, estudante de astrofísica na Universidade de Harvard, é coautor de vários artigos sobre panspermia e, em entrevista à VICE, admitiu que esta “é uma teoria muito interessante”.

“Sabemos que existe intercâmbio entre a Terra e Marte”, disse Siraj. “Vemos meteoritos marcianos e há absolutamente razão para pensarmos que, se houvesse biologia em Marte em algum ponto, ela poderia ter sido trazida para a Terra”.

O estudante explica que é difícil desvendar as origens da vida na Terra, mas que a teoria de que pode ter vindo de Marte “não é de todo rebuscada”. Siraj não se fica por Marte e estudou também a hipótese de que a vida possa viajar nas rochas que atravessam o espaço interestelar.

ZAP //

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