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Teoria de Einstein pode não ser a única explicação da gravidade

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Albert Einstein, Prémio Nobel da Física em 1921

Uma equipa de físicos usou supercomputadores para simular o cosmos partindo de um modelo alternativo à teoria de Albert Einstein.

Físicos sugerem num estudo publicado esta segunda-feira que a Teoria da Relatividade Geral de Einstein poderá não ser a única forma de explicar como funciona a gravidade ou como se formam as galáxias. O estudo, publicado na revista da especialidade “Nature Astronomy”, foi conduzido por investigadores da Universidade de Durham, no Reino Unido.

Segundo a agência noticiosa espanhola Efe, que cita o estudo, uma equipa de físicos usou supercomputadores (computadores com maior capacidade de processamento de dados do que os convencionais) para simular o cosmos partindo de um modelo alternativo à teoria de Albert Einstein (1879-1955), a Teoria dos Camaleões, assim chamada porque muda de comportamento em função do meio envolvente.

De acordo com os cientistas da Universidade de Durham, as galáxias como a Via Láctea poderão ter-se formado segundo leis diferentes das da gravitação.

Publicada em 1915, a Teoria da Relatividade Geral constitui a descrição atual da gravitação na física moderna. Segundo Einstein, a gravitação não é uma força, mas uma curvatura no espaço-tempo provocada por uma massa como o Sol.

Os cientistas sabiam, a partir de cálculos teóricos, que a Teoria dos Camaleões podia reproduzir o sucesso da relatividade no Sistema Solar. O que a equipa da Universidade de Durham terá feito foi demonstrar que esta teoria explica a formação real de galáxias.

Para o físico Christian Arnold, do Instituto de Cosmologia da universidade britânica, as conclusões do estudo não significam que a Teoria da Relatividade Geral “seja incorreta”, mas revelam, em seu entender, que “não tem que ser a única forma de explicar o papel da gravidade na evolução do Universo”.

O estudo, de acordo com os seus autores, poderá ajudar a compreender a ‘energia escura’, que tende a acelerar a expansão do Universo.

Os cientistas esperam que as conclusões da sua investigação possam ser confirmadas pelo telescópio SKA, que se apresenta como o maior radiotelescópio do mundo, com participação portuguesa, e que deverá começar a operar em 2020.

// Lusa

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5 Comments

  1. Como eu gosto de ler estes assuntos, explicam, explicam e não dizem nada…
    Depois todos acreditam porque fica mal contrariar os “crânios”, principalmente quando não se tem uma teoria, fundamentada pela ciência da conveniência…
    Cada vez estão mais perto das minhas ideias malucas…

  2. Ficou a dúvida: a nova teoria explica todos os experimentos que comprovam a relatividade ( por exemplo, contração do tempo, distorção do espaço, lentes gravitacionais) ou só um subset dos fenômenos?

  3. Sim, a energia escura é a própria gravidade em escala maior. Nosso universo é uma bolha, tal como uma gota de óleo em água. Mas a gota de óleo só assume essa forma devido as forças de superfícies ditadas pela equação de Young. Nessas condições a força de atração de moléculas cria uma força vetorial resultante centrípeta. Contudo a gravidade, na superfície do universo cria uma tensão superficial contrária com vetor resultante para a expansão. Ou seja, a energia escura é a própria gravidade em escala maior!

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