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O seu telemóvel já pode ser hackeado com apenas um som

Investigadores norte-americanos desenvolveram uma nova forma de aceder a outros dispositivos através de um único som, sem que o consiga ouvir.

Malware e phishing são algumas das formas mais frequentes de pirataria informática de telemóveis que existem atualmente. O primeiro é um software malicioso que pode ser instalado num smartphone. O segundo é uma técnica usada para hackers induzirem pessoas a fornecer as suas credenciais de login ou informações pessoais.

Numa altura em que as burlas estão em alta, nomeadamente através do WhatsApp e MB Way, as pessoas estão cada vez mais receosas de novas ameaças.

Saiba que agora os ataques cibernéticos também podem chegar através de um único som. Ainda assim, este não é o aspeto mais preocupante deste tipo de ataques. O maior problema é que você poderá nem conseguir ouvi-los.

Investigadores norte-americanos desenvolveram uma nova forma de aceder a outros dispositivos. Os cientistas chamam-lhe de NUIT — sigla em inglês para “cavalo de troia de ultrassom quase inaudível”.

Essencialmente, é reproduzido um ultrassom para dar ordens a assistentes de voz do Google, Apple, Amazon ou Microsoft. Depois de receberem os comandos através do microfone, pouco resta a fazer, escreve o El Confidencial.

Isto é possível porque os microfones dos telemóveis conseguem captar e responder a ordens através de sons que roçam a frequência dos ultrassons — inaudíveis a nós. Estes ultrassons podem ser postos em qualquer página da internet ou aplicação, inclusive no YouTube.

Pior ainda é o facto de estes áudios poderem durar apenas 0,77 segundos, tornando a sua deteção uma tarefa hercúlea. E engana-se se pensa que o assistente de voz vai responder após o hacker aceder ao seu dispositivo. O pirata informático conseguem silenciar a voz do assistente virtual, explica o jornal espanhol.

Os cientistas testaram o método com 17 aparelhos de marcas diferentes. Nenhum deles conseguiu evitar a invasão, com exceção da Apple, que conseguiu impedir que os investigadores vasculhassem livremente o dispositivo.

Em 2017, um grupo de cientistas chineses já tinha desenvolvido um modelo semelhante, mas com uma série de limitações que o tornavam menos perigoso.

ZAP //

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