O vírus descoberto em Dezembro tem prejudicado muitos brasileiros – e também deve chegar à plataforma portuguesa.
O BrasDex já deve ser um termo conhecido para muitos brasileiros.
O vírus tem roubado muitas pessoas que utilizam o Pix, um serviço de transferências e pagamentos instantâneos.
É um malware que infecta computadores Windows e telemóveis Android através dos muito conhecidos golpes de phishing: mensagens enviadas com links maliciosos e dinheiro enviado para outra conta sem que o utilizador se aperceba no momento.
Uma das formas mais utilizadas para instalar o BrasDex é uma mensagem falsa que alerta sobre a necessidade de actualização de um software. Assim que o utilizador aceita o download, a aplicação que está a instalar/actualizar é…o vírus.
Foi detectado em Dezembro e já foi usado em mais de mil golpes contra brasileiros, indica o Vindi.
As vítimas relatam que, depois de uma transferência via Pix, foram surpreendidas com um comprovativo em nome de outra pessoa.
É a nova ameaça cibernética contra utilizadores de aplicações bancárias e home banking – pelo menos 10 bancos brasileiros foram afectados.
E deverá chegar a Portugal, pelo MB Way.
O programador Bendev Junior reforça que o vírus não explora falhas no sistema do MB Way, mas sim vulnerabilidades do próprio telemóvel.
“O vírus, após entrar no telemóvel do utilizador, identifica as aplicações bancárias instaladas e mantém-se ‘escondido’ à espera que sejam utilizadas. Aí, utiliza o acesso que possui ao dispositivo para alterar as informações da transacção”, descreveu o programador.
Bendev reforçou as sugestões: é fundamental não abrir links suspeitos recebidos por Whatsapp ou SMS, nunca instalar aplicações suspeitas, não fornecer acesso total a aplicações suspeitas e ter sempre um antivírus actualizado.