O FC Porto e o Atlético de Madrid vão arrancar a campanha na Champions já amanhã, e os velhos amigos Sérgio Conceição e Diego Simeone deixaram recados um ao outro nas conferências de imprensa.
É já amanhã que o Futebol Clube do Porto se vai estrear este ano na Liga dos Campeões frente ao Atlético de Madrid, na primeira jornada do grupo B. Na conferência de imprensa de antevisão da partida o treinador do Atlético, que já conhece Sérgio Conceição de outro carnavais, referiu-se ao treinador dos dragões como “um grande amigo“.
“O Sérgio Conceição está a fazer um trabalho muito bom no FC Porto. É alguém que está a dar grande personalidade à equipa, muita competência e o FC Porto tem um jogo muito intenso, com muito ritmo e com posicionamentos muito claros. É isto que tenho visto”, afirmou Diego Simeone, que foi colega de equipa de Conceição na Lazio quando ambos eram jogadores, tendo sido campeões italianos em 2000.
Apesar de conhecer bem Sérgio Conceição, o técnico dos colchoneros confessa que não esperava que o ex-colega seguisse a carreira de treinador depois da reforma. “Da minha parte queria seguramente ser técnico, mas do Sérgio nem por isso. Ele era um cabeça dura e tinha uma energia incrível. Gosto de tudo o que ele transmite”, elogia Simeone.
Sérgio Conceição comentou as declarações de Simeone em tom de brincadeira. “Sou teimoso, mas ele não será menos. Estamos a falar de alguém que conheço. Sobre ele achar que eu não viria a ser treinador, na altura eu tinha 23 anos e o meu foco era ser jogador de alto nível. O Diego era mais velho e já pensava no fim da carreira”, explica.
O técnico do Porto acrescenta que queria agarrar o seu lugar no plantel e que ao contrário de Simeone, não “bitaitava” sobre a equipa no balneário. Conceição descartou também comparações entre o estilo de jogo do Porto e do Atlético, apesar de ambos os clubes terem “gente muito apaixonada” e terem equipas “aguerridas”.
“São equipas diferentes, mesmo sem bola. Nós somos mais pressionantes na missão defensiva, enquanto o Atlético é mais passivo na recuperação de bola. Mas é forte na reação à perda e tem feito alguns golos assim. Com bola também existem diferenças. O princípio base está lá: são ambas equipas ambiciosas, que não viram a cara à luta e disputam todos os lances que podem ser decisivos no resultado final”, destaca.
Sobre as memórias dos tempos de jogador da Lázio, Conceição diz que “não foi um ano de beijinhos” e que houve “muita luta”. “Acabou por ser um ano bom, conseguimos dar o segundo título à Lazio, o que não foi fácil tendo em conta que na altura jogavam na Serie A os melhores jogadores do mundo. Isso faz parte do passado, hoje somos treinadores e ambos temos muita vontade de ganhar o jogo amanhã”, remata o treinador portista.