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Pedalar mais dá direito a prémios. Tecnologia portuguesa desperta interesse de Copenhaga

Depois de se ter estreado em Matosinhos e de ter despertado interesse em Nova Iorque, um programa português que premeia comportamentos de mobilidade ambientalmente sustentáveis chamou a atenção em Copenhaga.

O AYR, desenvolvido pela empresa CEiiA em Matosinhos, foi um dos finalistas numa competição para encontrar soluções que melhorem a qualidade do ar e reduzam o aquecimento urbano na capital da Dinamarca. Apesar de não ter vencido o concurso, a câmara de Copenhaga manifestou interesse em implementar este programa, de acordo com o jornal Público.

O AYR é um sistema que recompensa quem utiliza meios de transporte pouco poluidores. Em deslocações de bicicleta ou trotinete, por exemplo, uma aplicação no telemóvel vai contando a quantidade de dióxido de carbono que não é emitida e depois converte-a em créditos, que o utilizador pode usar para pagar futuras viagens ou comprar outros produtos.

“Estamos a valorizar bons comportamentos. Geralmente as leis são punitivas: portas-te mal, levas. Aqui é ao contrário”, disse Gualter Crisóstomo, responsável da CEiiA na semana passada, no Fórum Mundial de Autarcas C40, que decorreu em Copenhaga.

Para Gualter Crisóstomo, “é um grande orgulho vir mostrar tecnologia portuguesa como referência mundial na mobilidade sustentável”. O responsável do CEiiA destaca que esta empresa foi uma das 45, originárias de 23 países, que se apresentaram à competição, e a única do lote final a focar-se na mobilidade.

A cidade dinamarquesa tem a ambição de se tornar a primeira capital do mundo neutra em emissões de carbono até 2025 e, por isso, tem em curso várias iniciativas para melhorar a produção e consumo de energia e promover uma mobilidade que não dependa de veículos movidos a combustíveis fósseis.

Embora Copenhaga seja já hoje uma das cidades do mundo onde mais se utiliza a bicicleta no dia-a-dia, o AYR pode dar uma ajuda, criando um incentivo extra para os utilizadores.

Com apoio da ONU, a empresa aposta agora em levar o AYR a Nova Iorque e São Paulo. Em Portugal, depois de Matosinhos, segue-se Cascais.

ZAP //

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