(dr) Gumbo Limbo Nature Centre Inc
A tartaruga bebé, encontrada morta na semana passada, na Florida, Estados Unidos, tinha mais de cem pedaços de plástico no estômago.
Segundo o Independent, a tartaruga bebé foi encontrada numa praia da Flórida, nos Estados Unidos, por Emily Mirowski, assistente de reabilitação de tartarugas na Gumbo Limbo Nature Center, em Boca Raton.
O centro publicou uma fotografia na sua página de Facebook, na qual se pode ver o animal ao lado do plástico encontrado no seu estômago — 104 pedaços.
Em declarações à CNN, Mirowski disse que a tartaruga, pequena o suficiente para caber na palma da sua mão, estava fraca e emaciada. “É de partir o coração. Mas é algo que já vemos há vários anos e estamos satisfeitos por as pessoas estarem finalmente a ver esta imagem e, esperançosamente, poder aumentar a consciencialização”.
Quando as tartarugas eclodem entre março e outubro de cada ano, dirigem-se para as algas Sargassum, onde vivem nos primeiros anos. “O problema é que, com tanto plástico nos oceanos, é nesse sítio que fica. Todos os microplásticos se prendem às algas e parecem comida para as tartarugas bebés”, lamenta.
Com o plástico no trato gastrointestinal, as tartarugas sentem-se cheias, logo, não comem ou recebem os nutrientes que precisam para viver.
Este é um caso tão comum em Boca Raton que o Gumbo Limbo Nature Center tem uma caixa no exterior das instalações que serve de ponto de recolha para os residentes que queiram entregar tartarugas para reabilitação.
“Damos-lhes pequenas quantidades de fluidos todos os dias para as manter hidratadas. O importante é mantê-las hidratadas para que o apetite volte”, explica Mirowski.
A responsável afirma que o problema não vai acabar até as pessoas pararem de comprar plástico e deitarem-no ao lixo de forma correta. “Temos de reduzir o plástico o máximo possível. Não apenas reciclá-lo, mas eliminá-lo do nosso quotidiano. Todo o plástico que já foi feito ainda anda aí. Nunca desaparece, apenas se decompõe em pedaços menores”.
