/

Tarântula “unicórnio” tem um corno bizarro nas costas

Uma espécie de tarântula recentemente descoberta em Angola tem algo em comum com o mítico unicórnio – um “chifre” proeminente. Mas no caso da aranha, o chifre está a crescer nas costas da criatura.

O aracnídeo incomum pertence a um grupo de tarântulas conhecidas como aranhas de babuíno com chifres. Mas em todas as outras espécies conhecidas neste grupo, o “chifre” é curto e endurecido. Nas novas espécies, no entanto, a estrutura é alongada e macia, segundo os investigadores.

Eles recolheram oito indivíduos das espécies recém-descobertas – agora denominados Ceratogyrus attonitifer – de habitats florestais, durante estudos realizadas no sudeste de Angola em 2015 e 2016. O nome de espécie é derivado da raiz latina “attonit”, que significa “espanto“, refletindo como surpreendeu os cientistas que descobriram o notável aracnídeo.

Pelos densos feitos de pelos curtos e pretos cobrem grande parte dos corpos das tarântulas, que medem 34 milímetros de comprimento, em média. Os longos e flexíveis chifres que se estendem sobre as costas das aranhas são mais longos do que as carapaças, escreveram os cientistas no estudo publicado na revista African Invertebrates.

Enquanto a base do chifre é dura, o resto é macio e “parecido com um saco” nas aranhas vivas. Em espécimes preservados, encolhe e fica mais escuro.

O chifre é surpreendente e misterioso, já que os cientistas ainda precisam de aprender porque que é que as aranhas precisam dele.

As tarântulas vivem em tocas que cavam entre os tufos cobertos de gramíneas ou na areia aberta, os túneis descem verticalmente cerca de 40 centímetros e terminam numa câmara horizontal. As aranhas são muito protetoras das suas casas, “atacando com entusiasmo” objetos que os investigadores inseriram nos túneis.

Embora as aranhas possam ter sido novas para os cientistas, as criaturas já eram conhecidas pelas pessoas da região como “chandachuly” na língua luchazi. Relatos de indígenas revelaram que as aranhas se alimentam principalmente de insetos e que as suas picadas venenosas podem levar a infeções fatais em humanos se as mordidas não forem tratadas.

Anteriormente, as aranhas do género Ceratogyrus eram conhecidas principalmente pelos locais no sul da África. A descoberta das espécies de chifres antes desconhecidas significa que a extensão dos aracnídeos é cerca de 250 quilómetros maior do que se acreditava anteriormente, sugerindo que estão mais dispersos na área do que se pensava.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.