A TAP não quer depender mais dos mecanismos criados pelo Governo para as empresas em dificuldades e procura “soluções permanentes” para reduzir os custos com trabalhadores.
O plano de reestruturação da TAP prevê o despedimento de 500 pilotos e a redução em 25% dos seus salários. Além disso, a atual frota da companhia aérea também será reduzida significativamente. As circunstâncias da pandemia fizeram com que muitos dos seus aviões nem levantassem voo nos últimos meses.
Até ao momento, a TAP tem-se aguentado graças aos mecanismos criados pelo Governo para ajudar as empresas. No entanto, a empresa quer “soluções permanentes” para baixar os encargos com trabalhadores, escreve o jornal ECO.
A TAP perdeu mais de 700 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, com uma quebra de 70% nos voos. A principal quebra de faturação ocorreu no verão, a época alta das companhias aéreas. O cenário de prejuízos de mil milhões em 2020 está em cima da mesa.
No terceiro trimestre deste ano, “os custos com pessoal foram reduzidos em 49% face a igual período de 2019”, salienta a TAP, explicando que a poupança deriva da “não renovação de contratos a termo”.
“Até ao final de setembro de 2020, 729 trabalhadores viram os contratos atingir o seu termo e deixaram a TAP”, refere a empresa
Ainda assim, a maior poupança foi feita através dos mecanismos do Governo: “No que respeita aos custos com pessoal, em substituição do regime de layoff simplificado, a TAP recorreu ao longo do terceiro trimestre ao Apoio Extraordinário à Retoma Progressiva, regulado nos termos do Programa de Estabilização Económica e Social, através do qual se estabeleceu um mecanismo de redução do horário de trabalho entre 70% e 5%”.
“Este novo regime foi um contributo muito importante, mas a natureza temporária deste enquadramento torna imperativa a adoção de soluções permanentes”, realça a companhia aérea portuguesa.
Até ao terceiro trimestre deste ano, a TAP tinha 101 aviões na sua frota. Agora, já assinou um acordo para a venda de oito aeronaves nos próximos dois a três meses. A reestruturação da empresa pode mesmo levar a frota até aos 83 aviões.
“Para o total do ano de 2020, prevê-se que estas renegociações reduzam em cerca de 175 milhões de dólares americanos as saídas de caixa relacionadas com leasing operacional de aviões”, diz a TAP, num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
O governo e seus apoiantes, vão despedir da TAP. Vão fazer algo que se fossem privados a fazer, seriam apelidados de tudo e mais alguma coisa. Por coerencia, espero greves, aberturas de telejornal, manifestações, etc, etc.