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Suspeitos de envenenar Skripal clamam inocência e dizem ser meros turistas

Os dois suspeitos de terem envenenado o antigo espião russo Sergei Skripal deram uma entrevista à televisão estatal russa RT a clamar a sua inocência.

Alexander Petrov e Ruslan Boshirov, suspeitos do envenenamento do antigo espião russo e agente duplo Sergei Skripal e da filha Yulia Skripal, garantem estar a ser acusados injustamente pelas autoridades.

Em entrevista à televisão estatal russa RT, ambos afirmam ter estado em Salisbury apenas em turismo, em março deste ano. Ainda assim, as autoridades britânicas insistem em afirmar que estes fazem parte dos serviços secretos russos.

“Os nossos amigos sugeriram que visitássemos esta maravilhosa cidade. Queríamos muito visitar as ruínas de Old Sarum e a catedral de Salisbury”, disseram os suspeitos na entrevista, ao contar pormenores do que fizeram durante os três dias em que estiveram em solo inglês.

Segundo Alexander Petrov e Ruslan Boshirov, ninguém fala das condições atmosféricas que se fizeram sentir no dia 3 e 4 de março, condições essas que não estiveram propícias ao turismo, razão pela qual dizem ter passado tão pouco tempo na cidade. “Temos muitas fotos da catedral. Deviam publicá-las.”

Segundo o Público, ambos afirmaram que nunca tinham ouvido falar dos Skripal antes “deste pesadelo”, mas que talvez tenham passado pela casa da família. Confrontado com as acusaõe de que a substância utilizada no envenenamento se encontrava numa garrafa de perfume de mulher Nina Ricci, ambos disseram que se tratava de algo “ridículo”.

“Se tivéssemos algo suspeito, [as autoridades alfandegárias] teriam colocado questões. Porque teria um homem um perfume de mulher na sua bagagem?”, questionaram.

Nenhum dos suspeitos sabe “o que fazer”. “Tememos pelas nossas vidas e pelas vidas da nossa família e amigos”, confessaram à jornalista da RT.

Governo britânico já reagiu

Segundo a RT, o Governo britânico reagiu à entrevista, afirmando que “tem confiança no facto de que estes homens são agentes do Serviço Militar de Inteligência Russo – o GRU – que usou uma arma química tóxica e ilegal nas ruas do seu país”. John Glen, deputado eleito por Salisbury, também acusou os dois indivíduos de não serem credíveis.

Já o porta-voz de Theresa May declarou esta quinta-feira que a entrevista se trata de “um insulto à inteligência do público”, acrescentando que “as mentiras e fabricações são extremamente ofensivas para as vítimas” e para as pessoas afetadas pelo ataque. Além disso, frisou, a polícia tem provas conclusivas contra os dois homens.

ZAP // RT

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