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Grande Muralha da China
Os dois suspeitos terão usado uma escavadora para criar um atalho através do famoso monumento e os danos serão irreparáveis.
Dois suspeitos, um homem de 38 anos e uma mulher de 55, foram detidos pelas autoridades chinesas e acusados de terem danificado uma secção da Grande Muralha da China.
A polícia local efetuou as detenções após receber um relatório no final de agosto, que alertava para uma violação intencional na parte da muralha da dinastia Ming, na província de Shanxi, no nordeste da China. Os acusados terão usado uma escavadora para criar um caminho através da muralha que servisse de atalho.
De acordo com o jornal estatal China Daily, o dano infligido comprometeu gravemente a integridade estrutural dessa parte da Grande Muralha, tornando-a “irreparável“. Segundo a estação estatal chinesa CCTV, as detenções visam travar a crescente ameaça a um dos monumentos históricos mais icónicos da China.
Construída inicialmente no século III a.C. e estendida ao longo dos séculos subsequentes, a Grande Muralha estende-se por mais de 6.400 quilómetros. Foi designada como Património Mundial da UNESCO em 1987.
No entanto, a muralha não tem estado imune a danos. Para além deste incidente mais recente, há relatos de várias ameaças ao longo dos anos, desde turistas negligentes até aos impactos da desertificação e da crise climática. Um artigo de 2008 na revista Smithsonian afirmava que até dois terços da muralha já tinham sido destruídos ou danificados até àquela altura, detalha a Insider.
O episódio deste verão marca mais um caso numa tendência preocupante de monumentos históricos mundiais a serem deliberadamente danificados. Em junho, um turista enfrentou a ira global por ter gravado o seu nome e o da sua companheira numa parede de tijolos no Coliseu de Roma, um monumento cuja construção começou no século I d.C.
Ainda não se sabe quais serão as sanções serão impostas aos dois suspeitos, mas a sua detenção serve de aviso para aqueles que possam considerar vandalizar monumentos culturais inestimáveis.
