Suspeito foragido pode ter agido por vingança na morte de polícia (que vai receber condecoração póstuma)

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André Kosters / Lusa

Há um quarto suspeito identificado no caso da morte do agente da PSP Fábio Guerra que foi brutalmente agredido à porta da discoteca MOME, em Lisboa. Este homem que está em parte incerta e que pode já ter fugido para Espanha, terá visto o pai a ser baleado pela GNR em 2020.

Dos três homens detidos pela Polícia Judiciária (PJ) na noite de segunda-feira, por suspeitas do envolvimento nas agressões que levaram à morte do agente da PSP Fábio Guerra, de 26 anos, apenas dois continuam detidos. São os fuzileiros Cláudio Coimbra e Vadym Hrynko, de 22 e 21 anos, que continuam detidos na prisão militar de Tomar, devendo ser ouvidos, nesta quarta-feira, por um juiz.

O outro suspeito, um civil de 24 anos, foi libertado após o primeiro interrogatório judicial.

A PJ identificou já um quarto suspeito que está em parte incerta. O Correio da Manhã (CM) avança que pode ter fugido para Espanha e que se trata de um jovem “conhecido dos dois militares” que estão detidos.

Este suspeito terá visto o pai a ser “morto a tiro”, a 22 de Dezembro de 2020, à porta de um hipermercado de Fernão Ferro, no Seixal, depois de um tiroteio com elementos da GNR, como nota o CM.

Assim, a PJ suspeita que o jovem pode “ter agido para vingar a morte do pai”, tendo por base a análise feita às imagens da videovigilância da discoteca e os depoimentos dos quatro agentes da PSP que também foram agredidos, sem sofrerem ferimentos graves.

Estes dados indicam que o jovem suspeito “terá reagido com mais violência após Fábio Guerra e os colegas se terem identificado como polícias”, nota o CM. E também revelam que “terá atingido a cabeça do polícia com uma pedra durante a rixa”, aponta o mesmo jornal.

Van Dunem propõe condecoração para Fábio Guerra

A ministra da Administração Interna, Francisca Van Dunem, determinou a abertura de um inquérito para apurar os factos relativos à morte do agente Fábio Guerra.

O ministério de Van Dunem aponta que este inquérito visa “apurar os factos relativos ao falecimento do agente Fábio Guerra, com vista à decisão sobre a atribuição de compensação especial por morte aos herdeiros”.

Van Dunem determina ainda a criação de um Programa Especial de Policiamento de Proximidade, designado Programa Fábio Guerra, para a promoção da segurança e paz e a prevenção da criminalidade nas zonas de diversão nocturna de Lisboa.

Além disso, a ministra pede a condecoração, a título póstumo, do agente Fábio Guerra com a Medalha de Serviços Distintos de Segurança Pública.

No despacho, Van Dunem salienta “que o agente Fábio Guerra acabou por falecer na sequência de um acto de generosidade, ao tentar restaurar a paz pública e revelando um superior sentido de missão, merecendo por esse motivo o devido reconhecimento público”.

O agente Fábio Guerra, de 26 anos, morreu na segunda-feira, no Hospital de São José, em Lisboa, devido às “graves lesões cerebrais” sofridas na sequência das agressões de que foi alvo.

Imagens das agressões levam a queixa-crime

A empresa concessionária da discoteca MOME, a Spring Prestige, apresentou uma queixa-crime no Ministério Público pela divulgação nos media, sem a sua autorização, de imagens das agressões.

“As imagens difundidas foram captadas por um terceiro, através de telemóvel, sem autorização ou consentimento, sendo posteriormente difundidas pelos vários órgãos de comunicação social, nomeadamente pelas televisões”, refere a empresa, justificando, assim, a apresentação da queixa-crime junto do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa.

A empresa considera que uma vez que as imagens foram captadas e difundidas sem sua autorização “são ilegais” e, por isso, pede aos media que “se abstenham de as difundir”.

ZAP // Lusa

2 Comments

  1. A “estória” da queixa da discoteca sobre as imagens, parece-me que tem por objectivo desviar as atenções, já que o mais provável é que a publicação dessas imagens seja da sua responsabilidade…

  2. Ja Aqui Em Tempos Defendi um Grupo de Policia a Paisana Ou Civil ,para Policiar as Zonas Noturnas Nos Dias De Maior Afluencia ,nao estou a Referir aos andam so a ver se os estabelecimentos comerciais Tem licença disto ou daquilo,uma força para dissuadir e prender os Arruaceiros que as sextas e sabados Vandalizam Instalaçoes Publica e Privadas ,provocam as pessoas que saem para se divertir e ate as levam a ter de entrar em cenas de Violencia Para se Defender

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