A pandemia do novo coronavírus, Covid-19, despoletou uma corrida aos supermercados e às farmácias. Mas não só: a nova corrida é ao ouro em barra.
Enquanto os receios das consequências do isolamento social levou consumidores a abastecerem as dispensas, os receios sobre o impacto do surto nas poupança levou a uma corrida ao ouro em barra.
Na Degussa, retalhista de metais precioso, a procura é cinco vezes superior ao normal. “Temos de ser criativos para encontrar novas formas de dar resposta”, explicou Markus Krall, CEO da Degussa, ao declarações ao Financial Times.
Citado pelo jornal ECO, Krall releva que tem tido dificuldades em responder ao forte apetite dos clientes por moedas e barras de ouro. “O que está a causar esta procura são as medidas anunciadas pelas autoridades para parar o coronavírus. Isto não tem precedentes“, acrescenta.
Na BullionbyPost, está a acontecer o mesmo. O fundador e diretor Rob Halliday-Stein também está a assistir a uma procura que nunca tinha visto antes. “Estamos a vender assim que temos stock nos cofres da loja. Mas estamos restringidos ao que conseguimos ter acesso. É um pouco como o que está a acontecer com o papel higiénico”, contou Halliday-Stein.
Os investidores têm reforçado o investimento em ouro nas últimas duas semanas num esforço para proteger as poupanças do colapso nos mercados financeiros. Os preços atingiram máximos de sete anos a 9 de março – 1.700 dólares por onça.
Porém, apesar do aumento da procura, a oferta diminuiu, uma vez que as maiores refinarias de ouro da Europa situam-se todas na região suíça de Ticino, onde as autoridades locais interromperam temporariamente a produção.