Submarino perdido da I Guerra foi descoberto “intacto”, mas mantido em segredo durante décadas

Zoe Daheron / Woods Hole Oceanographic

Reconstrução digital do submarino americano USS F-1 deitado no fundo do mar a 400 metros de profundidade

Um submarino que se afundou há mais de 100 anos durante a I Guerra Mundial foi descoberto ao largo da costa de San Diego na década de 1970. No entanto, os norte-americanos esconderam esta descoberta durante mais de 50 anos.

Investigadores da Woods Hole Oceanographic Institution (WHOI) localizaram os destroços de dois veículos militares há muito perdidos no fundo do mar a algumas milhas de San Diego (EUA): trata-se de um avião da Marinha dos EUA que se despenhou nas proximidades em 1950; e de um submarino norte-americano da I Guerra Mundial que se afundou em 1917.

O submarino USS F-1 afundou-se em segundos após ter sido gravemente danificado numa colisão com outro submarino da Marinha dos EUA. 19 dos seus tripulantes morreram afogados no acidente e três foram resgatados pelo outro submarino.

Os destroços do submarino foram localizados por acidente na década de 1970, mas a sua localização foi mantida secreta durante muitos anos. Só no início deste ano é que foram divulgadas com imagens de alta resolução do naufrágio.

Como detalha a Live Science, atualmente, os restos do submarino encontram-se no fundo do mar a uma profundidade de mais de 400 metros.

Esta profundidade é demasiado grande para os mergulhadores lá chegarem. O naufrágio teve de ser analisado por operadores do veículo subaquático ocupado por humanos (HOV) Alvin e do veículo subaquático autónomo (AUV) Sentry, baseados no navio de investigação Atlantis da WHOI.

Submarino “extraordinariamente intacto”

O submarino F-1 encontra-se agora a estibordo (direita), com a proa (frente) a noroeste, e as explorações subsequentes com o HOV Alvin mostraram que o submarino estava “extraordinariamente intacto”, depois de ter estado submerso durante mais de 100 anos.

O naufrágio é agora uma sepultura de Guerra para os 19 tripulantes que morreram no acidente de 1917. O WHOI e a Marinha concordaram em não entrar em contacto direto com os destroços, “para preservar o seu estado e respeitar o seu legado” – cita a Live Science.

ZAP //

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