Em Portugal, a maioria dos créditos estão associados a taxas variáveis, o que dificulta a aplicação de medidas generalizadas de apoio. Um empréstimo de 150 mil euros terá subidas na prestação a rondar os 100 euros.
O ciclo de juros negativos chegou ao fim com a crise causada pela escalada de inflação e as taxas Euribor têm subido a pique nos últimos meses, especialmente a 12 meses. Na semana passada, o Banco Central Europeu anunciou um aumento de 75 pontos base nas taxas de juro – a maior subida de sempre – e o Banco Central da Alemanha já antecipa mais subidas significativas no futuro próximo.
A média da Euribor a 12 meses, que é o prazo nas utilizado nos contratos feitos na última década, subiu de 0,992% em Julho para 1,249% em Agosto. No mesmo mês do ano passado, estava nos -0,498%.
As contas do Público mostram que a prestação mensal de um empréstimo de 150 mil euros a 30 anos associado à Euribor a 12 meses e a um spread de 1% subirá 124,37 euros. Num ano inteiro, o aumento acumulado é de 1492,44 euros.
No caso da Euribor a seis meses, que é a mais usada em Portugal, em Agosto o valor já foi quase o dobro (0,837%) do de Julho (0,466%). Para um empréstimo nas mesmas condições, a subida em relação à prestação paga desde Maio (450,37 euros) será de 91,91 euros, para 542,28 euros. O acréscimo nos próximos seis meses chegará aos 551,46 euros.
Já a taxa a três meses teve uma subida mais lenta, tendo apenas entrado em terreno positivo em Julho e a média em Agosto foi de 0,395%. As últimas médias diárias já chegam quase a 1%.
O mesmo empréstimo, com a média de Agosto aumentará 53,83 euros, de 456,33 para 510,16 euros, e o aumento acumulado será de 161,49 euros nos próximos três meses.
Todas estas variabilidades dificultam a aplicação de medidas universais de apoio em Portugal. Em Espanha, por exemplo, a maioria dos empréstimos está associada a taxas fixas. Pedro Nuno Santos, Ministro das Infraestruturas e da Habitação, já admitiu estas dificuldades.
Para quem tem algumas poupanças, amortizar parte do crédito pode ser uma boa opção, já que reduz o impacto da subida dos juros. Para quem não tem e não consegue cobrir os aumentos, a reestruturação do crédito será a melhor opção.
os empréstimos das casas empréstimos dos bancos sobem a galope e a toda a FOrça.
Já os aumentos rendas senhorios (não bancos) ficam pelos 2% – ridiculo p rendas de 100/200 euros.
Devia haver diferenças, mas como de costume governo mete Tudo no mesmo saco.