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Standard & Poor’s melhora perspetiva do rating português

B64 / Wikimedia

Sede da Standard & Poor’s em Manhattan, Nova Iorque

A agência de notação financeira Standard & Poor’s (S&P) reviu esta sexta-feira de “estável” para “positiva” a sua perspetiva sobre o rating de Portugal.

O rating atribuído a Portugal pela Standard & Poor’s ficou, esta sexta-feira, a um passo de ser elevado para BBB+ depois do anúncio de melhoria da perspetiva relativamente ao país ter passado de “estável” para “positiva”.

“A partir de hoje Portugal passa a ter uma perspetiva positiva por parte das principais agências de notação financeira, o que traduz a confiança e a credibilidade da política seguida pelo Governo”, lê-se no comunicado enviado pelo Ministério das Finanças às redações.

O documento destaca o facto de a agência de notação financeira sublinhar a importância do “reforço da resiliência da economia portuguesa, que traduz uma melhoria da composição, da maturidade e do custo associados à dívida externa”.

A evolução “traduz o processo de consolidação estrutural das contas públicas e a manutenção de ganhos de competitividade, que se têm refletido numa maior orientação exportadora da economia, na diminuição gradual do endividamento privado e num crescimento económico e do investimento a ritmos superiores ao da área do euro”.

“A S&P destaca a mudança progressiva na composição do endividamento externo, com maior recurso a instrumentos de capital (p.e. investimento direto estrangeiro) e o menor papel dos instrumentos de dívida”, o que promove o investimento no país, “beneficiando a competitividade e o crescimento económico sustentado”.

Em relação às contas públicas, a S&P salienta o excedente primário de cerca de 3% alcançado no ano passado, um dos maiores da Zona Euro, e que estima que se mantenha no período 2019-2022, reforçando a trajetória de redução do rácio da dívida pública.

“A melhoria do rating da dívida pública portuguesa beneficia as condições de financiamento do Estado, das famílias e das empresas. A taxa de juro das obrigações da República Portuguesa a 10 anos está hoje abaixo de 0,3% e o diferencial face às economias com melhor notação tem vindo a reduzir-se, estando hoje as taxas de Portugal em linha com as da dívida espanhola”, destaca o ministério.

As políticas adotadas “permitiram a Portugal superar desafios e iniciar o período mais longo de crescimento inclusivo e sustentável desde a sua adesão ao euro”, conclui o comunicado.

ZAP //

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