Spray nasal de insulina mostra resultados promissores na prevenção do declínio cognitivo

Foram notadas melhorias tanto em diabéticos como em não diabéticos e não foram detetadas nenhumas reações adversas.

Um novo estudo publicado na Journal of Neurology mostrou resultados promissores no uso de um spray nasal com insulina para adiar o declínio cognitivo que resulta do avançar da idade. O spray foi eficaz tanto em idosos com como sem diabetes tipo 2.

A pesquisa explorou mais a hipótese de que a resistência à insulina no cérebro tenha um papel no agravamento do declínio cognitivo e a especulação de que um spray nasal possa ser uma ferramenta útil no combate ao problema.

A ideia é que a distribuição da insulina pela via nasal envia a hormona diretamente para o cérebro, mas o spray não seria um substituto para as injeções de insulina que os diabéticos têm de tomar, escreve a New Atlas.

Alguns testes clínicos humanos com a insulina intranasal tiveram resultados contraditórios. Um exemplo testou o spray durante 12 meses em pacientes com Alzheimer ou declínio cognitivo leve e não notou melhorias. No entanto, esta nova pesquisa concluiu que o uso do spray é mais eficaz na prevenção do declínio cognitivo no geral do que da demência aguda.

A amostra foi composta por 223 adultos, entre os 50 e 85 anos. Metade dos participantes tinham diabetes tipo 2. Foram divididos em quatro grupos — um grupo de diabéticos recebeu um placebo, um grupo de diabéticos recebeu o spray de insulina, um grupo de pessoas sem diabetes recebem um placebo e o quarto grupo era de não-diabéticos que receberam o spray de insulina.

No início da pesquisa, os participantes completaram uma variedade de testes cognitivos e os autores também registaram a sua velocidade de marcha, já que estudos anteriores concluíram que o ritmo de caminhada de alguém pode determinar a sua saúde neurológica.

No final, os autores notaram que os diabéticos que estavam a usar o spray de insulina melhoraram o seu ritmo de caminhada e tiveram melhores resultados nos testes cognitivos do que os diabéticos que receberam o placebo.

Os não-diabéticos que usaram o spray também notaram melhorias em comparação com os que usaram o placebo e as maiores melhorias foram registadas entre os que já estavam num estado pré-diabético.

Não foram detetados quaisquer efeitos adversos, mas os cientistas sublinham que ainda não se sabe ao certo qual é a dose de insulina ideal e se o uso do spray é seguro a longo prazo.

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