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Sporting vs Moreirense | Bom arranque vale triunfo ao leão

António Cotrim / Lusa

O Sporting não quis deixar fugir os seus adversários directos na luta pelo título e também venceu nesta primeira jornada da segunda volta.

Os “leões” receberam e bateram o Moreirense por 2-1, num jogo em que dominaram na primeira parte, mas deixaram que os minhotos reagissem no segundo tempo.

Porém, os tentos de Nani e Bruno Fernandes, na etapa inicial, foram suficientes para garantirem mais três pontos para os lisboetas, visto que as duas equipas não foram além de um total de cinco remates, todos desenquadrados, após o descanso.

O Jogo explicado em Números

  • O jogo começou praticamente com o Sporting a marcar. Logo aos três minutos, na sequência de um canto da esquerda, Nani foi mais rápido que todos na defesa do Moreirense e cabeceou como mandam as regras, de cima para baixo, com Jhonatan Luiz a não conseguir evitar a bola dentro da sua baliza. Começou bem o jogo em Alvalade para os “leões”.
  • O golo não teve o condão de animar sobremaneira a partida. Aliás, desenvolveu-se morno até ao primeiro quarto-de-hora, com muito Sporting (70% de posse) e mais incisivo – três remates, um enquadrado, contra um disparo (para fora) dos forasteiros. E não espantou, portanto, o 2-0.
  • Numa sequência de lances de muito perigo, com uma bola na barra e excelentes intervenções do guarda-redes do Moreirense, a bola acabou por sobrar para Bruno Fernandes que, na esquerda da grande área, rematou com estrondo para o fundo da baliza. Um tento ao sétimo remate leonino, quarto enquadrado, reflexo do domínio da formação da casa (66% de posse à passagem da meia-hora), aliado à facilidade com que colocava muitos homens na área cónega, em situações de perigo.
  • Mas o jogo estava animado e, aos 34 minutos, o Moreirense reduziu. Bom lance na direita, Chiquinho trabalhou bem, foi à linha e cruzou para Heriberto, que só teve de encostar para o 2-1. A formação visitante marcava ao segundo remate enquadrado, no quarto disparo, numa altura em que registava apenas quatro acções com bola na área leonina.
  • Primeira parte muito animada em Alvalade.
  • O Sporting, dominador em termos de posse de bola e objectivo nos processos ofensivos, marcou muito cedo no encontro, ampliou a vantagem e não deixou que a reacção do Moreirense fosse mais consistente.
  • Contudo, os comandados de Ivo Rocha porfiaram e conseguiram mesmo reduzir, deixando o jogo em aberto para a segunda metade, embora não tenham mostrado superioridade em praticamente nenhum detalhe importante do encontro.
  • Destaque, porém, para as poucas faltas cometidas na partida até ao momento, somente oito e apenas duas por parte dos visitantes. O melhor em campo ao intervalo era Marcos Acuña.
  • Apesar de as suas incursões ofensivas deixarem muito espaço para o Moreirense atacar nas suas costas, em especial por Chiquinho, o argentino chegou a esta fase com um GoalPoint Rating de 6.4, fruto de uma assistência em três passes para finalização, quatro cruzamentos (um eficaz) e outras tantas intercepções.
  • Reatamento algo incaracterístico. À passagem da hora de jogo, o Moreirense apresentava muito mais bola, cerca de 60% de posse desde o intervalo, intensamente à procura do golo do empate. Porém, as duas equipas não iam além de um remate cada, desenquadrados. Do lado positivo, os 85% de eficácia de passe do “leão” no segundo tempo e os 86% dos visitantes. O jogo estava diferente.
  • O “leão” ia, contudo, controlando as movimentações contrárias, limitando as acções de perigo dos cónegos. À passagem dos 70 minutos já os anfitriões somavam 51% de posse no segundo tempo e privilegiavam o corredor direito para atacar, com 52% dos lances ofensivos a realizarem-se por este flanco.
  • Nesta fase, destaque para o excelente trabalho de Sebastián Coates a anular a reacção contrária, com cinco desarmes, sete recuperações e superioridade nos três duelos aéreos defensivos em que participou.
  • A aproveitar o balanceamento ofensivo do Moreirense, o Sporting acabou por marcar por Raphinha, lance anulado por fora-de-jogo, mas o “leão” estava perigoso nas transições. Ainda assim, as duas equipas não mostravam inspiração no último passe, chegando aos 80 minutos com um remate cada, os tais sem o melhor enquadramento. Ocasiões de golo, nem vê-las, pelo que o resultado não viria a sofrer alterações.

O Homem do Jogo

O jogo em Alvalade valeu pelos golos e pela primeira parte, movimentada e com emoção, ao contrário da segunda, que praticamente não teve lances de perigo.

Apesar desta inconstância, Marcos Acuña manteve a consistência ao longo dos 90 minutos, sendo o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 7.3.

O argentino fez a assistência para o golo de Nani, na cobrança de um canto, e terminou a partida com cinco passes para finalização, mais dois que o somatório dos seus colegas de equipa. Para além disso, foi dos mais interventivos, com 98 acções com bola (máximo foi 100) e impressionantes 14 recuperações de posse.

Jogadores em foco

  • Sebastián Coates 6.5 – O Moreirense tentou a reacção no segundo tempo, registando mais posse de bola que o Sporting. Nesta fase, Coates foi fundamental para manter os visitantes longe da baliza leonina. Ao todo, o uruguaio realizou nove acções defensivas, entre elas cinco desarmes, venceu os três duelos aéreos defensivos em que participou e recuperou a posse de bola sete vezes.
  • Bruno Fernandes 6.4 – A importância do médio leonino na equipa evidencia-se a cada jogo. Bruno Fernandes marcou mais um golo, o 2-0, e esteve no melhor da sua equipa, com especial destaque quando foi preciso trabalhar sem bola. Ao todo registou 11 recuperações de posse, sendo essencial também nos equilíbrios defensivos.
  • Jérémy Mathieu 6.1 – Tal como Coates, o francês foi muito importante para tornar ineficazes as tentativas do Moreirense de chegar ao empate no segundo tempo. Com o máximo de acções com bola (100) e 93% de eficácia de passe, Mathieu somou dez acções defensivas, das quais cinco foram alívios.
  • Nani 5.7 – Este não terá sido dos jogos mais conseguidos do extremo. Não registou nenhum passe para finalização nem nenhuma tentativa de drible. Contudo, acertou 39 de 46 passes e fez um golo, logo a abrir, sendo fundamental para o desenrolar da partida. Saiu aos 66 minutos para dar lugar a Raphinha.
  • Rafik Halliche 5.7 – O argelino está a fazer uma excelente época no Moreirense e foi, em Alvalade, o melhor elemento da sua equipa. Para além de ter ganho três dos quatro duelos aéreos defensivos em que participou, somou 12 acções defensivas, entre elas seis intercepções.

Resumo

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