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Sporting expulsa de sócio 26 envolvidos no ataque a Alcochete

Mário Cruz / Lusa

O presidente do Sporting, Frederico Varandas

O Conselho Fiscal e Disciplinar (CFD) do Sporting decidiu, esta quarta-feira, expulsar de sócio 26 dos envolvidos no ataque à academia de futebol do clube e suspender quatro.

Bruno Jacinto, antigo Oficial de Ligação aos Adeptos (OLA) do clube, foi o único dos 31 associados alvos de processo disciplinar que escapou a sanção, com o arquivamento do procedimento contra si.

Além dos 26 expulsos, o Conselho Fiscal e Disciplinar verde e branco suspendeu um sócio por um ano, outro por seis meses e dois por três, anunciou em comunicado.

“As infrações disciplinares cometidas são especialmente graves, e, para a maior parte dos sócios visados, consubstanciam uma quebra da relação de confiança irremediável, absoluta e inultrapassável, entre o visado e o Clube, pelo que não restou alternativa ao CFD do que aplicar penas de expulsão a 26 dos 31 sócios visados”, justificou o órgão liderado por Joaquim Baltazar Pinto.

O CFD acrescenta que “os sócios visados foram notificados da decisão final, tendo sido comunicado que das decisões de expulsão e de suspensão cabe recurso para a Assembleia-Geral, com efeito suspensivo e devolutivo respetivamente”.

As decisões tomadas pelo CFD decorrem da análise ao acórdão do processo da invasão à Academia do clube, que data de 28 de maio último, salvaguardando “que as decisões judiciais condenatórias não transitaram ainda em julgado”.

De acordo com informações recolhidas pelo jornal online Observador, um dos sócios em causa é Fernando Mendes, antigo líder da claque leonina, que estava filiado ao clube há cerca de 30 anos.

Recorde-se que a decisão da primeira instância judicial terminou com nove condenações a prisão efetiva, 28 a pena suspensa, quatro multas e três absolvições, entre as quais a de Bruno de Carvalho, antigo presidente do clube, Nuno Mendes ‘Mustafá’, líder da claque Juventude Leonina, e Bruno Jacinto.

No acórdão, o coletivo considerou provado que 37 dos 44 arguidos entraram na Academia “de rompante”, depois de terem “intimidado os jornalistas que se encontravam à porta”.

Segundo o acórdão, ficaram também provadas as agressões a jogadores e elementos da equipa técnica e o uso de engenhos pirotécnicos.

Dos 41 arguidos condenados, apenas quatro foram punidos com penas de multa. As penas cuja aplicação fica suspensa por cinco anos, impostas a 28 arguidos, variam entre os três anos e 10 meses e os quatro anos e 10 meses.

ZAP // Lusa

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