Sporting 3-1 Portimonense | Paulinho Natal dá três prendas

A 11ª vitória consecutiva do Sporting. O “leão” teve de sofrer na primeira parte – chegou ao intervalo em desvantagem – para acordar na segunda e descobrir os caminhos para a baliza visitante.

O condutor da “locomotiva” sportinguista foi Paulinho, autor de um “hat-trick” e da melhor exibição desde que chegou a Alvalade. Agora é ver o “clássico” entre Porto e Benfica “de cadeirinha”.

Quanto ao Portimonense, muito bem até à expulsão de Pedro Sá, com o 3-2 – que golo de Possignolo! – a premiar uma exibição de qualidade.

Primeira parte muito complicada para o Sporting. Paulo Sérgio, treinador dos algarvios, havia dito na conferência de imprensa de antevisão da partida que o sistema leonino era fácil de perceber, porém difícil de contrariar, mas os homens de Portimão conseguiram-no.

Recuados no terreno, atentos às suas costas, deram pouca profundidade para o “leão” explorar e foram os visitantes a fazê-lo, através de contra-ataques rápidos.

Aos dez minutos, Nakajima obrigou Adán a defender para a barra, e aos 21 o Portimonense marcou, com Matheus Reis a fazer autogolo.

Muito Sporting no jogo, algarvios mais felizes. O outro Matheus, o Nunes, era o MVP ao intervalo, com 6.9, graças a extraordinários quatro passes para finalização em 45 minutos.

A vida complicou-se para o Portimonense aos 58 minutos, quando Pedro Sá, um dos esteios do “miolo” algarvio, viu o segundo amarelo e foi expulso.

Esse evento balanceou ainda mais o Sporting para o ataque, mas os algarvios eram em maior número na área e iam resolvendo os problemas, obrigando os “leões” a muitos remates de fora da área (eram dez em 15 por volta dos 63 minutos).

Contudo, a insistência acabou por compensar e o empate chegou aos 65 minutos, num belo cabeceamento de Paulinho, numa das poucas vezes que conseguiu fugir às marcações.

E esta era mesmo a noite do ponta-de-lança português que, aos 76 minutos, bisou, a aproveitar uma bola perdida na área.

Aos 84 consumou mesmo o “hat-trick”, a finalizar com tranquilidade na grande área após centro atrasado de Pedro Gonçalves.

O corolário natural da superioridade leonina na segunda parte, perante um Portimonense que caiu a pique com a expulsão de Pedro Sá. Destaque ainda para um golão de Lucas Possignolo, já nos descontos.

Manuel de Almeida / Lusa

Melhor em Campo

Exibição portentosa de Paulinho. O portimonense chegou a Alvalade com a lição bem estudada, tirou espaços ao “leão” e só os começou a conceder após a expulsão de Pedro Sá.

Foi então que Paulinho, inteligente a perceber o problema que os algarvios enfrentavam, soube deambular na área contrária e colocar-se sempre sozinho, nos espaços vazios, sem marcação, conseguindo assim três golos, o máximo de remates da partida (6) e de enquadrados (4), bem como 2 passes para finalização e 6 ofensivos valiosos.

Terminou com GoalPoint Rating de 9.1.

Destaques do Sporting

Matheus Nunes 7.4 – O melhor do primeiro tempo, ultrapassado “pela direita”, e a grande velocidade, por Paulinho no segundo. Matheus fez quatro passes para finalização, todos na etapa inicial, seis ofensivos valiosos, dois passes super aproximativos e seis variações de flanco. Conseguiu ainda completar todas as quatro tentativas de drible.

Pedro Gonçalves 7.3 – Muito futebol ofensivo de “Pote”, mesmo que não tenha marcado. Segundo mais rematador, com cinco disparos, três enquadrados, fez uma assistência em quatro passes para finalização e ainda somou seis acções com bola na área contrária.

Pablo Sarabia 6.2 – Quase marcou um golão na primeira parte. Não o conseguiu, mas somou cinco remates, dois enquadrados, três passes para finalização, sete ofensivos valiosos e dez acções com bola na área contrária, máximo.

Sebastián Coates 6.2 – O uruguaio sentiu algumas dificuldades perante a velocidade dos atacantes algarvios, a explorar a profundidade, mas compensou com oito passes aproximativos, dois duelos aéreos ofensivos ganhos em cinco e sete recuperações de posse.

João Palhinha 6.1 – O “trinco” saiu por volta da meia-hora, quando o Sporting precisava de correr atrás do prejuízo e não necessitava da sua acção abrangente no meio-campo (Portimonense estava com dez). Destaque para dois remates, ambos enquadrados, e seis recuperações de posse.

Nuno Santos 6.1 – Mais uma assistência do ala, que continua a mostrar-se em todo o corredor esquerdo. Nuno Santos fez dois passes para finalização, o máximo de passes ofensivos valiosos (9), teve êxito em três de 12 cruzamentos e fez três passes super aproximativos.

Matheus Reis 6.0 – Azarado na primeira parte, fez o autogolo que deu vantagem aos visitantes. Mas não se deixou afectar, terminando com o máximo de passes certos do jogo (97 em 104), de acções com bola (114) e de conduções aproximativas, nada menos que 11, novo máximo da Liga.

Daniel Bragança 5.9 – O médio entrou para a derradeira meia-hora, a tempo de fazer quatro passes ofensivos valiosos e completar as duas tentativas de drible.

Gonçalo Inácio 5.8 – Números semelhantes aos de Matheus Reis (tirando as conduções). Gonçalo acertou 95 passes em 100, somou 109 acções com bola e ainda dois passes para finalização e seis ofensivos valiosos.

Geny Catamo 5.7 – Mais uma estreia de um jovem pela mão de Rúben Amorim. Geny entrou para o lugar de Ricardo Esgaio para dar poder ofensivo ao lado direito, e consegui isso mesmo. O moçambicano de apenas 20 anos fez um passe para finalização, uma condução super aproximativa e ganhou os dois duelos aéreos defensivos em que participou.

Antonio Adán 5.0 – O espanhol acabou por não ter muito trabalho, mas quando teve, fez uma defesa, difícil, desviando um remate de Nakajima para a barra.

Destaques do Portimonense

Samuel Portugal 7.5 – Mais uma grande exibição do guarda-redes brasileiro na casa de um “grande” lisboeta. A diferença para o jogo da Luz é que desta vez não conseguiu manter a sua baliza inviolada, mas acabou com nove defesas, igualando o máximo de “paradas” da Liga Bwin 21/22.

Lucas Possignolo 6.9 – Além de sólido a defender, com três intercepções e seis alívios, subiu ao ataque para marcar um golão.

Shoya Nakajima 4.6 – Temos de falar do japonês. A primeira parte deixou água na boca, com aquele remate que Adán desviou para a barra. Terminou com três dribles completos em seis tentativas, mas no passe esteve muito mal, com oito falhados em 15.

Resumo

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