Sporting 0-2 Benfica | Águia vence dérbi e deixa Porto a sorrir

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O dérbi de Lisboa caiu para o lado do Benfica. O jogo da 30ª jornada em Alvalade, entre o Sporting e o seu eterno rival, tinha como objectivo para os da casa continuarem na luta pelo título com o Porto, e para os forasteiros dar um último alento na luta pelo segundo lugar.

Os “leões” tiveram mais bola, cruzaram muito, mas os homens da Luz souberam fechar-se bem e ser letais no contra-ataque.

Darwin Núñez marcou ainda dentro do primeiro quarto-de-hora da primeira parte e Gil Dias fechou a contagem nos descontos, a passe do uruguaio.

As duas equipas estão separadas por seis pontos, enquanto o Porto é campeão se vencer dois dos quatro jogos que faltam… ou o Sporting perder um deles.

O jogo começou com futebol repartido, muito a meio-campo e o Benfica a ter alguma bola, o suficiente para manter o Sporting longe da sua grande área.

Os “leões” apostavam muito no corredor direito e nas investidas de Pedro Porro, mas sem grande consequência, ao invés, as “águias”, sempre que podiam, tentavam os passes longos desde o primeiro terço, à procura da velocidade, de Darwin, e num desses lances surgiu o 1-0.

Bola longa de Jan Vertonghen, o benfiquista ganhou ao compatriota Sebastián Coates em velocidade e colocou a bola sobre Adán.

O Sporting reagiu de pronto ao golo sofrido e partiu para uma pressão muito intensa e subida, e o Benfica praticamente desapareceu em termos ofensivos, sentindo muitas dificuldades em sair com a bola controlada, ou mesmo em transições velozes. Só que do outro lado a precipitação era muita.

O melhor lance aconteceu aos 32 minutos, quando Pedro Gonçalves conseguiu isolar-se, mas Vlachodimos saiu rápido e chegou primeiro à bola.

Antes do intervalo, destaque ainda para um golo anulado a Nicolás Otamendi por fora-de-jogo, e era do Benfica o melhor ao intervalo, Darwin, com um GoalPoint Rating de 6.8, com o golo, dois dribles eficazes em três e dois duelos aéreos ofensivos ganhos (100%).

Bom arranque de segundo tempo. Aos 48 minutos, Everton falhou por centímetros o 2-0, com um remate de fora da área muito colocado, e aos 48 minutos, Pablo Sarabia cabeceou à barra da baliza benfiquista.

Tiago Petinga / Lusa

O Sporting controlava o jogo, tinha superioridade no meio-campo, mas o Benfica estava a conseguir sair melhor em condução, em especial por Everton, que ia mostrando alguns apontamentos que estiveram ausentes em toda a etapa inicial.

Nesta fase já Rúben Amorim havia havia colocado “a carne toda no assador”, já com Islam Slimani na frente, Ricardo Esgaio e Marcus Edwards em campo, o que expôs a equipa a mais contra golpes das “águias”.

Num deles, já nos descontos, Darwin descobriu Gil Dias e este, perante Adán, atirou a contar para o 2-0, que reabre levemente a janela do segundo postos aos “encarnados” e coloca o FC Porto a duas vitórias do título.

Melhor em Campo

O homem do momento. Melhor marcador da Liga Bwin, com 25 golos, melhor marcador de sempre numa só época de Liga dos Campeões, com seis, e mais uma exibição de gala que deixou, certamente, os “tubarões” europeus ainda mais interessados.

Darwin Núñez confirmou a época extraordinária que está a viver com um grande desempenho e destaque de melhor em campo no dérbi, com um GoalPoint Rating de 8.2.

O uruguaio fez um golo, a assistência para o segundo, fez dois passes para finalização, recebeu 12 passes aproximativos, somou o máximo de acções com bola na área contrária (6), completou três de cinco tentativas de drible, ganhou três de cinco duelos aéreos ofensivos e acumulou incríveis oito conduções aproximativas e três super aproximativas.

Destaques do Sporting

Matheus Nunes 6.4 – O melhor elemento leonino. O médio tentou levar a sua equipa para a frente, mas essa mesma equipa esbarrou na defesa benfiquista. O internacional luso fixou o máximo de dribles tentados (6) e completos (4), fez dois passes para finalização, sete recuperações de posse e três bloqueios de passe, e completou 92% dos passe que realizou.

Pedro Porro 6.1 – O espanhol foi um dos mais inconformados do “leão”, desde o início. O Sporting optou por explorar muito o seu flanco e Porro terminou com incríveis 11 cruzamentos. Mais incrível ainda é que nenhum foi eficaz. O lateral fez ainda dois remates, ambos enquadrados, seis conduções aproximativas e uma super aproximativa e ainda três desarmes. De negativo as 28 perdas de posse, máximo do jogo.

Nuno Santos 6.0 – Do outro lado esteve outro jogador que bem tentou levar a sua equipa para a frente. Nuno Santos criou uma ocasião flagrante, completou dois de seis cruzamentos, teve sucesso em 36 de 39 passes e somou quatro desarmes e duas intercepções.

Gonçalo Inácio 5.8 – O central nem teve muito trabalho defensivo, pelo que se destacou, e de que maneira, no passe, com o máximo de completos (104 de 115), seis longos certos de oito, 11 aproximativos e dois super aproximativos. Foi o jogador com mais acções com bola (124) e ainda teve possibilidade de assinar sete conduções aproximativas.

António Adán 5.8 – O guardião leonino somou duas defesas, ambas a remates na sua grande área, e teve três saídas pelo solo eficazes.

Pedro Gonçalves 5.6 – Ainda está longe do jogador que encantou na época passada. “Pote” fez três remates, dois de fora da área, completou 18 de 20 passes, fez um de ruptura e criou uma ocasião flagrante. Desperdiçou também uma, o que lhe afecta a nota.

Destaques do Benfica

Vlachodimos 7.2 – O guardião foi fundamental para o Benfica manter a sua baliza inviolada. O grego fez quatro defesas, três a remates na sua grande área, e deu uma segurança assinalável ao sector recuado da “águia”.

Álex Grimaldo 6.7 – O Sporting atacou muito pelo seu lado, mas o espanhol não se amedrontou e fez um belo jogo., com destaque para dois passes para finalização, três desarmes e um corte decisivo.

Nicolás Otamendi 5.9 – O argentino não facilitou, ganhou os dois duelos aéreos defensivos em que participou, fez cinco alívios e um bloqueio de remate.

Gil Dias 5.8 – Pouco utilizado esta temporada, o extremo entrou aos 74 minutos para o lugar de Everton. A sua velocidade, aliada à frescura física, causou problemas à defesa leonina, mas Gil Dias teimava em levar demasiado longe o seu esforço, sem largar a bola no tempo certo. Até que recebeu de Darwin e, isolado, decretou o 2-0 final.

Julian Weigl 5.8 – Não conseguimos ainda perceber se o facto de Weigl continuar a registar poucas acções defensivas obriga o Benfica a jogar recuado contra equipas mais fortes, ou se é esse recuo que determina essa estatística do alemão. O médio fez cinco alívios, um bloqueio de remate e um desarme, pouco para a posição, mas voltou a estar muito bem no passe, completando 43 dos 45 que realizou.

Jan Vertonghen 5.7 – O belga sentiu algumas dificuldades, como demonstram as quatro perdas de posse no primeiro terço (máximo). “Safou-se” no passe, com sete longos certos em 14, um deles a assistência para o 1-0 de Darwin.

Resumo

1 Comment

  1. Não é minha intenção ser insultuoso, se considerar que este SCP não passa de uma construção da comunicação social desportiva. Ou, por outras palavras, um beneficiário da decadência do Benfica herdade de Luís Filipe Vieira. Quanto ao enigma Weigl, não existe, o alemão não se enquadra no conceito português de “médio-defensivo”, um destruidor e distribuidor de fruta. Weigl é um médio que, em tarefas defensivas, faz do posicionamento o contributo defensivo, não é um “trinco”, mais um defensor na frente do quarteto defensivo. A prová-lo, a elevadíssima taxa de passes certos. O Benfica de Veríssimo joga em bloco baixo, por causa de Darwin, o moço uruguaio tem condições excecionais mas, (ainda) não é perfeito. Tem grandes dificuldades na receção orientada, precisa que a bola lhe seja lançada na profundidade, para o espaço vazio. onde o primeiro toque seja progressivo, para a frente, e aí a velocidade e o talento fazem o resto. Ou seja, nesta fase de evolução, Darwin joga pelo instinto, usa o inato, ainda precisa de evoluir (mais) no adquirido em treino.

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