O duelo entre Sporting e Vitória Futebol Clube terminou com um empate a zero, partida relativa à 33ª jornada da Liga NOS, que decorreu nesta terça-feira. O jogo foi parco em ocasiões e pobre no que concerne à “nota artística”.
Os duelos demonstraram inúmeras lacunas em gizar lances flagrantes de golo, por seu turno os forasteiros pouco fizeram para incomodar a baliza adversária. A equipa de Rúben Amorim ainda não fechou as contas no que ao terceiro lugar diz respeito.
Já o emblema sadino – que contabilizou o 15º jogo consecutivo sem triunfar, com nove desaires e seis empates – depende apenas do resultado que fizer na última ronda ante o Belenenses para assegurar a manutenção.
O jogo explicado em números
- Do lado leonino, Rúben Amorim fez três alterações relativamente à derrota no Dragão. Saíram Borja, Jovane e Sporar e entraram Marcos Acuña, Francisco Geraldes e Tiago Tomás. Olhando para a equipa que perdeu diante do Famalicão (1-2), Lito Vidigal “riscou” Bruno Pirri, André Sousa e Guedes e lançou Artur Jorge, Sílvio e Leandrinho.
- A última vitória dos sadinos na prova foi na 18ª jornada, a 26 de Janeiro, quando a equipa venceu o Tondela por 3-0. Desde então são 14 jogos consecutivos sem vitórias: nove desaires e cinco empates.
- Aos 39 segundos, o jovem Tiago Tomás, isolado, falhou as medidas do chapéu, desperdiçando soberana ocasião para inaugurar o marcador no primeiro ataque do encontro. Aos 11 minutos, o dianteiro voltou à carga, mas desta feita o lance foi anulado por fora-de-jogo.
- À meia-hora, e sem estar a ser brilhante e muito previsível nas suas acções, o Sporting dominava por completo as incidências com 75% da posse de bola, uma eficácia de passe de 89%, três remates e três cantos. Por sua vez, os visitantes contabilizavam um remate, 26% da posse de bola – eficácia de 64% nas entregas – e nenhum canto para amostra. Aliás, o conjunto setubalense não conseguiu gizar qualquer lance no interior da área contrária…
- Intervalo Os primeiros 45 minutos deste encontro não deixaram saudades. Foram escassas as ocasiões de golo e as poucas que existiram penderam todas para o lado leonino. A lutar pela sobrevivência, o Vitória Futebol Clube, distribuído num 5x4x1, com o médio Éber Bessa como elemento mais avançado no terreno, preparou-se para abdicar da posse de bola – apenas 22% -, que o Sporting não soube gerir. Com a largura condicionada, houve pouco critério dos “leões” em encontrar outras alternativas para ultrapassar o “autocarro” que veio do Bonfim. O melhor em campo nesta fase foi Acuña, com um GoalPoint Rating de 6.0. Os números demonstravam que o polivalente argentino tinha na sua ficha um remate, uma ocasião flagrante criada, oito passes progressivos certos e quatro recuperações da posse.
- A matriz prosseguiu, com o Sporting com mais posse de bola (77%), mas sem arte nem engenho para ludibriar a muralha que se ergueu à frente da baliza de Makaridze. Apenas aos 65 minutos registou-se o primeiro remate enquadrado da partida, com um tiro fraco e à figura de Vietto, que regressou à competição após longa ausência por lesão, substituindo ao intervalo o desinspirado Ristovski. Instantes depois, o guardião georgiano brilhou e travou uma “bomba” lançada por Acuña, que ainda resvalou em Jubal. Foi a primeira ocasião clara de golo.
- Mesmo tendo feito mais remates nesta etapa final – sete contra um dos vitorianos, que aconteceu em período de descontos -, o Sporting não conseguiu encontrar o caminho do golo, demonstrando inúmeras dificuldades em aliar rapidez, criatividade e imprevisibilidade nas suas acções ofensivas. Por sua vez, os comandados de Lito Vidigal foram segurando as pontas e defendendo um precioso ponto na luta pela sobrevivência no escalão máximo do futebol nacional.
O melhor em campo GoalPoint
No fraco espectáculo de Alvalade, Acuña foi o melhor elemento nas quatro linhas, com um GoalPoint Rating de 7.1. O internacional argentino, que voltou a actuar como um dos três homens mais recuados da linha de três defesas, tentou galvanizar a equipa da casa e terminou o jogo com dois remates, um dos quais talvez o mais perigoso da tarde/noite, dois passes para finalização, 138 acções com a bola – o máximo do duelo -, 11 recuperações de posse e duas intercepções.
Jogadores em foco
- Wendel 6.3 – Foi um dos primeiros jogadores do Sporting a assumir as rédeas. Tentou de tudo para inspirar a equipa a contornar as marcações sadinas, rematou por duas ocasiões, fez um passe para finalização, contribuiu com seis passes progressivos certos, não falhou nenhum dos sete dribles tentados e registou, ainda, 125 acções com a bola.
- Francisco Geraldes 6.3 – Surpresa no “onze”, mereceu a oportunidade e exibiu-se a um bom nível. Recuperou por cinco vezes a posse, criou dois passes para finalização e pecou apenas nas hesitações que teve sempre que era o momento de rematar à baliza contrária.
- Carlinhos 6.1 – Foi o autor de um dos dois remates do Vitória que veio de Setúbal, além disso acabou por aparecer mais pelas intervenções defensivas – sete recuperações, quatro desarmes e duas intercepções.
- Gonzalo Plata 6.1 – Foi o jogador que mais cruzamentos fez – oito –, realizando ainda três passes progressivos correctos, dois passes para finalização e ganhou quatro duelos aéreos defensivos.
- Luciano Vietto 6.0 – Entrou apenas na etapa final, mas conseguiu dar outro critério às ofensivas “verdes-e-brancas”, sendo inteligente a ocupar os espaços entre-linhas.
- Nuno Mendes 5.8 – Dois remates, quatro cruzamentos, 43 passes certos em 51 tentativas (75% de eficácia). Em termos defensivos registou quatro desarmes e ganhou cinco de sete duelos aéreos defensivos.
- Sílvio 5.8 – Experiente, foi um dos esteios da equipa de Lito Vidigal e alcançou três desarmes, duas intercepções, três alívios e 32 acções com a bola.
Resumo
// GoalPoint
Pelo que mostraram hoje nem o Sporting merece o 3º lugar nem o Vitória a 1ª divisão. Foi uma demonstração clamorosa de falta de qualidade. POBRE SPORTING!