Elon Musk, o magnata dono da Tesla e da SpaceX, anunciou esta quarta-feira que a sua empresa de exploração comercial do espaço planeia enviar uma nave não-tripulada a Marte em 2018.
A missão foi batizada de “Red Dragon” (“Dragão Vermelho”), e enviará uma nave espacial Dragon 2 ao Planeta Vermelho para trazer à Terra amostras recolhidas pelo rover da NASA.
A cápsula será provavelmente enviada para o Espaço utilizando foguetes reutilizáveis, mas será preciso um modelo ainda mais poderoso do que o Falcon 9, que serviu para abastecer a Estação Espacial Internacional. Este novo foguetão deverá ser o Falcon Heavy, cujo primeiro voo está previsto para o próximo ano.
Entre os desafios para a missão Red Dragon está a entrada da nave na atmosfera marciana, assim como a sua aterragem (“amartagem”?).
Uma vez que a atmosfera de Marte é cerca de mil vezes mais fina do que a terrestre, será necessário um sistema mais potente para travar o veículo a uma velocidade suficiente para que consiga pousar sem chocar contra o chão.
Para isso, a SpaceX avalia a possibilidade de realizar uma aterragem diferente de qualquer uma já realizada anteriormente: utilizando os propulsores da aeronave para, em primeiro lugar, redirecionar a aceleração do sentido vertical para o horizontal – fazendo com que a Dragon continue a movimentar-se para os lados enquanto desacelera -, para apenas depois ser posicionada na vertical e realizar uma aterragem segura.
Apesar de pouco espessa, a atmosfera marciana é capaz de fazer com que um objeto que entre no seu território aqueça muito e mais rapidamente.
Assim, essa nave precisa ser capaz de não apenas travar a tempo, mas também de aguentar uma temperatura de cerca de 871ºC. Por sorte, o escudo térmico da Dragon consegue protegê-la contra uma temperatura extremamente alta – perto dos 1.650 ºC.
