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“Somos todas Israa”. Palestinianas saíram à rua para pedir justiça

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(dr) Instagram

Israa Ghrayeb

Uma jovem palestiniana morreu semanas depois de ter partilhado no Instagram imagens do primeiro encontro que teve com um rapaz, antes de o namoro entre ambos ser oficializado. O caso está a ser investigado como um “crime de honra”.

Israa Ghrayeb tinha 21 anos, era esteticista, estudava Inglês e, tal como a maioria dos jovens espalhados pelo mundo, partilhava o seu dia-a-dia no Instagram. A jovem conheceu um rapaz e, nesta rede social, partilhou imagens do primeiro encontro. Semanas depois, a rapariga apareceu morta, suspeitando-se agora de um “crime de honra”.

De acordo com o El País, Israa contava alegadamente com o consentimento dos pais, uma vez que tinha respeitado os costumes conservadores palestinianos no primeiro encontro, mas alguns familiares não pensaram o mesmo.

Os parentes consideraram que a honra da família tinha sido manchada pelas imagens partilhadas no Instagram, que mostravam a jovem com o rapaz antes de o namoro entre ambos ser oficializado.

O jornal espanhol conta que a palestiniana morreu em casa, no final de agosto, tendo sido dada como razão oficial um ataque cardíaco. Porém, duas semanas antes, a rapariga tinha sido internada devido a lesões na coluna vertebral. Na altura, a família afirmou que Israa tinha caído acidentalmente de uma varanda.

Ainda internada e à espera de uma cirurgia, a jovem escreveu no Instagram: “Sou forte e tenho caráter. Se não fosse assim teria morrido ontem. Que Deus castigue quem me quiser fazer mal. Desejem que a minha operação seja bem-sucedida”.

A operação não chegou a acontecer, uma vez que os médicos acreditavam que, graças à sua juventude, Israa conseguiria recuperar. Há uma gravação, que se tornou viral, e onde se pode ouvir um grito de ajuda desesperado, atribuído à jovem. Mas as investigações não puderam confirmar se esta foi a sua última mensagem. Sabe-se apenas que acabou por voltar para a casa da família, onde morreu pouco tempo depois.

A sua morte levou a que, nos últimos dias, sob o lema “Somos todas Israa”, muitas mulheres palestinianas saíssem à rua para protestar e pedir respostas relativamente ao caso. Os familiares também saíram em sua própria defesa, alegando que a jovem tinha problemas psicológicos.

De acordo com a agência France Presse, citada pelo mesmo jornal, a polícia já começou a investigar e até o primeiro-ministro, Mohamed Stayyeh, veio falar sobre o caso, tendo anunciado que há já vários suspeitos detidos e que foram feitos testes de laboratório para identificar os culpados.

“Esta manifestação não é apenas para que os criminosos sejam castigados, é também para que o Governo assuma as suas responsabilidades e promulgue uma lei que proteja as mulheres”, afirmou à AFP a ex-ministra Majda al-Masri, que marcou presença num dos protestos, citada pelo semanário Expresso.

Segundo o El País, o movimento feminista exige uma reforma do Código Penal de 1960, mais concretamente a parte em que a “defesa da honra” é considerada uma circunstância atenuante em caso de homicídio.

Só este ano, 18 mulheres palestinianas morreram num contexto de “crimes de honra”. Em 2018, foram outras 23, de acordo com os dados da ONG Centro para a Assistência Legal às Mulheres.

ZAP //

3 Comments

  1. E uma mulher que me mentiu e traiu usando a hipocrisia e cinismo pra se fazer de vítima, fazia-se de coitadinha e usava um familiar do traído em causa para a levar pra ir ter com o nojento do amante. Chorava enquanto mentia tal era a sua capacidade de dissimulação! O que uma P..A dessas merece, essa sim merece que lhe cortem o pescoço depois de lhe cortarem os pés, mãos, etc. Pu.as e Pu.anheiros merecem morrer todos! Nojentos, só trazem infelicidade e desgraça para as outras pessoas, nojo de gente assim!!!

  2. Obrigado, Jonas pela sua contribuição esclarecedor. Deve ter estado a falar da sua mãe, coitada. Nem toda gente tem a sorte de parir algo humano. Neste caso seu não deu

  3. Jura que esse escroto existe? É de verdade? Precisamos fazer todos os testes científicos p saber a qual espécie pertence. Elimi-se da categoria monstro. Está mais p um membro do clã de demônios, ou não? Se essa foi invenção d Igreja, enquanto instituição medieval, então, que coisa é essa? Não se encaixa em nada conhecido pela espécie humana. Melhor exterminá-lo, pq é coisa ruim. Muito ruim. Não merece estar vivo. Verme nojento. Morra demônio. It.

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