Os solteiros têm 80% mais probabilidade de sofrer de depressão

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O estudo averiguou as causas que levam pessoas de sete países à depressão. Entre elas estão também o álcool e o tabagismo.

“A depressão representa um desafio significativo para a saúde pública mundial e o estado civil tem sido reconhecido como um potencial fator de risco”, começam por escrever os investigadores do estudo publicado esta semana na Nature.

Ao longo de um período de acompanhamento de até 18 anos, estes investigadores descobriram que ser solteiro estava associado a um risco 79% maior de sintomas depressivos em comparação com os casados, explica o Daily Mail.

A situação agrava-se quando se tratam de divorciados ou separados: estes apresentam um risco 99% superior de desenvolverem depressão, enquanto os viúvos sofrem um risco 64% superior.

“Esta vulnerabilidade acrescida surgiu especialmente entre os homens solteiros e com um elevado nível de educação nos países ocidentais“, escreve-se também no estudo. Como escreve a Lusa, os solteiros dos países ocidentais analisados (EUA, Reino Unido e Irlanda) corriam maior risco de depressão do que os solteiros de países orientais (Coreia do Sul, China e Indonésia).

Em certos países, também o consumo de álcool e o tabagismo agravam os sintomas depressivos nas pessoas solteiras, viúvas ou divorciadas. O álcool é um fator que origina depressão especialmente entre indivíduos viúvos, divorciados ou separados e solteiros na China, Coreia e México, e o tabagismo em participantes chineses e mexicanos solteiros.

Mas porque é que ser solteiro pode ser prejudicial à saúde mental? O estudo explica que as taxas mais baixas de depressão entre os casais podem dever-se à troca de apoio entre o casal, ao melhor acesso aos recursos económicos e à influência positiva no bem-estar um do outro.

Mas a investigação teve limitações, como se realça no documento, desde já porque os dados foram recolhidos através de “auto-relato” e não de diagnósticos clínicos de depressão. Outro fator limitador foi o facto de todos os casais estudados serem heterossexuais, desconhecendo-se se a estimativa se mantém para os outros casos.

 

ZAP //

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