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Mais perto do que nunca. Solar Orbiter fez a sua primeira aproximação ao Sol

A sonda Solar Orbiter registou esta segunda-feira as fotografias mais próximas do Sol. As imagens foram capturadas durante a primeira aproximação da missão à estrela.

A sonda Solar Orbiter, da Agência Espacial Europeia (ESA), foi enviada ao Espaço em fevereiro com a missão de captar as primeiras imagens dos pólos do Sol. Esta segunda-feira, o explorador fez uma aproximação de cerca de 77 milhões de quilómetros de distância da nossa estrela, registando as primeiras fotografias.

A distância de 77 milhões de quilómetros corresponde a cerca de metade da distância entre o astro e o planeta Terra. A Solar Orbiter é a primeira sonda europeia a entrar na órbita de Mercúrio, e na sua maior aproximação do Sol, está previsto chegar aos 42 milhões de quilómetros de distância da sua superfície.

A aproximação vai permitir aos cientistas testar os seus 10 instrumentos científicos. Segundo o EarthSky, os seis telescópios a bordo vão permitir obter imagens muito próximas do Sol em uníssono pela primeira vez, que serão reveladas em meados de julho.

Até agora, todas as fotografias captadas e aproximadas do astro foram feitas a partir da Terra, através do telescópio solar no Havai. A sonda solar Parker, da NASA, lançada em há dois anos, já fez algumas aproximações, mas não possui telescópios com capacidade de olhar diretamente para o Sol.

As primeiras observações têm como objetivo testar se os telescópios estão preparados para futuros registos científicos e, apesar de ser um teste, a verdade é que os cientistas já aguardam com ansiedade alguns resultados.

A próxima fase de aproximação será realizada em 2021 e a mais próxima planeada só para o início de 2022, prevendo-se uma aproximação de 48 milhões de quilómetros.

A Solar Orbiter vai aproveitar a gravidade de Vénus para executar rotações em forma elíptica e, asism, conseguir registar imagens dos pólos do Sol. Esta observação vai permitir aos cientistas analisar e compreender melhor o comportamento do campo magnético.

A sonda encontra-se, atualmente, a 134 milhões de quilómetros da Terra e, nesta fase, as imagens demoram cerca de uma semana a chegar, com uma janela diária de nove horas para fazer o download.

Assim que a Solar Orbiter se aproximar ainda mais do Sol, as imagens podem demorar vários meses a chegar, mas o satélite tem capacidade de reter as imagens no próprio hardware e depois enviá-las quando se aproximar novamente do nosso planeta.

ZAP //

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