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Software de realidade virtual permite “caminhar” dentro das células (e pode ajudar a prevenir doenças)

O novo software de realidade virtual permite que os investigadores “caminhem” dentro das células de modo a conseguirem detetar problemas na área da biologia e da medicina, podendo até ajudar no combate de doenças.

O software vLUME foi criado por cientistas da Universidade de Cambridge, em conjunto com a empresa de software de análise de imagens 3D – a Lume VR Ltd. O vLUME permite a visualização e análise de dados de microscopia de super-resolução em realidade virtual e pode ser usado para estudar tudo. Os detalhes foram publicados na revista Nature Methods no mês de outubro.

A microscopia de super-resolução permite que imagens em nano-escala sejam obtidas usando truques engenhosos da física para contornar os limites impostos pela difração de luz.

Isso tem permitido aos cientistas observar os processos moleculares à medida que estes ocorrem. No entanto, um problema deste método tem sido a dificuldade de visualizar e analisar esses dados em três dimensões.

O projeto vLUME começou quando o cientista Steven Lee, que liderou a pesquisa, e a sua equipa, se encontraram com os fundadores da Lume VR num evento no London Science Museum.

Enquanto o grupo de Lee tinha experiência em microscopia de super-resolução, a equipa da Lume tinha a especialização em computação espacial e análise de dados. Desta forma, em conjunto, foram capazes de desenvolver o vLUME – a nova ferramenta que explora conjuntos de dados complexos em realidade virtual.

“O VLUME é um software de imagem revolucionário que leva os humanos à nano-escala”, afirmou Alexandre Kitching, CEO da Lume. De acordo com Kitching, o software permite que os cientistas visualizem, questionem e interajam com dados biológicos 3D em tempo real, tudo dentro de um ambiente de realidade virtual.

O software permite que sejam carregados vários conjuntos de dados com milhões de pontos de informações, e que desta forma se encontrem padrões em dados complexos. Estas descobertas podem ser partilhadas com investigadores de todo o mundo usando recursos de imagem e vídeo do software.

“Os dados criados através da microscopia de super-resolução são extremamente complexos. Para os cientistas, analisar esses dados pode demorar muito tempo, mas com o vLUME conseguimos reduzir drasticamente o tempo de espera, permitindo testes e análises mais rápidos”, revela Kitching.

A equipa usa sobretudo o vLUME em conjuntos de dados biológicos, como neurónios, células imunológicas ou células cancerígenas, diz o Cienciaplus.

ZAP //

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