Soube a pouco. Após uma primeira parte difícil, na qual só criou verdadeiro perigo perto do intervalo, o Benfica foi claramente superior no segundo tempo, criou inúmeros lances de golo iminente, o suficiente para vencer a partida, mas esbarrou num Łukasz Skorupski que defendeu tudo o que tinha para defender.
Ainda assim, fica a demonstração de personalidade da formação benfiquista, que soma dez pontos e continua firme em zona de play-off, apesar do nulo.
A etapa inicial não teve golos, mas teve emoção. O Benfica sentiu algumas dificuldades para dominar o encontro e assumir a iniciativa, uma vez que o Bologna colocava muita gente na zona central do meio-campo e conseguia, assim, ter mais bola e atacar.
Contudo, os “encarnados” nunca pareceram perder o controlo das operações, mantendo os transalpinos relativamente longe da sua baliza e sem criarem perigo.
Em transição, porém, as “águias” eram muito perigosas e terminaram esta fase com sinal mais em termos de perigo, com Di María e Álvaro Carreras a estarem muito perto de marcar.
O Benfica mudou a sua abordagem na segunda parte, jogando mais pelas faixas laterais para esvaziar a vantagem italiana pela “multidão” que tinha no “miolo”, e resultou.
A formação da Luz passou a ter muito a bola e a iniciativa de jogo, criando diversos lances vistosos e de perigo que o guarda-redes Łukasz Skorupski ia resolvendo com um punhado de enormes defesas.
E foi mesmo o polaco o principal responsável pelo nulo final.
O Jogo em 5 Factos
1. Novo recorde de cartões
O jogo foi muito competitivo e “rasgadinho”, prova disso os dez cartões (todos amarelos) mostrados, cinco para cada equipa, sendo novo recorde da Champions.
2. Muitas acções nas área italiana
O Benfica pressionou muito na segunda parte e esse facto atirou o número de acções com bola na área contrária para excelentes 36, novo máximo dos “encarnados” na prova, quando a sua média era de cerca de 22.
3. Passes longos e super progressivos
Uma das estratégias benfiquista foi a utilização dos passes longos, progressivos e super progressivos para tentar apanhar a defesa do Bologna em contrapé. Nos primeiros (56) e nos terceiros (8) os “encarnados” fixaram novos máximos da equipa, bem acima das respectivas médias (44 e 5).
4. Novo recorde de pressão
Já na primeira parte a tendência de alta pressão era clara e o Benfica registava 14 acções defensivas no meio-campo contrário, apenas menos duas que o seu máximo na prova. Esse recorde acabou amplamente batido, com as “águias” a terminarem com 21.
5. Muito futebol aéreo
A certa altura o jogo foi muito jogado pelo ar. O Benfica fixou mesmo os seus novos máximos de duelos aéreos ofensivos (18) e defensivos (20) disputados. Ganhou 39% dos atacantes e 65% nos defensivos.
Melhor em Campo
O argentino corre os 90 minutos como se tivesse 20 anos. Ángel Di María foi, por apenas uma centésima, é verdade, o melhor em campo, mostrando uma disponibilidade e leitura de jogo de grande nível.
O criativo terminou com uma ocasião flagrante criada, um passe de ruptura, oito passes progressivos, quatro super progressivos, mais nove progressivos recebidos e o máximo de acções com bola na área contrária (7).
A nota não é extraordinária, é certo, mas isso explica-se pelos apenas três dribles completos em nove tentados, as 33 perdas de posse e o seis maus controlos de bola (ambos máximos).
Resumo
// GoalPoint