/

“Sinto-me enganada”. Nome de Rosa Mota ficou em segundo lugar e a atleta não gostou

20

O Pavilhão Rosa Mota, no Porto, reabre esta segunda-feira com um novo nome, que inclui a designação comercial de um patrocinador e a inscrição da antiga campeã olímpica.

Mas Rosa Mota não gostou. Disse sentir-se “enganada” pela Câmara Municipal do Porto. A sua insatisfação vai refletir-se mesmo na sua ausência na cerimónia de reabertura do antigo Palácio de Cristal.

Em causa está o nome original do pavilhão surgir em letras pequenas, ao contrário do nome do patrocinador. No novo nome, em letras garrafais anuncia-se a nova “Super Bock Arena” e em letras mais pequenas, escreve-se “Pavilhão Rosa Mota”.

“Quando recebi o convite do senhor presidente da Câmara para a reabertura do Pavilhão, e no qual está escrito ‘Super Bock Arena Pavilhão Rosa Mota’ senti-me definitiva e claramente enganada“, escreve na carta enviada aos 13 vereadores da autarquia, a que o Diário de Notícias teve acesso.

Rosa Mota estava convencida de que o nome do espaço seria “Pavilhão Rosa Mota – Super Bock Arena”. “Comunico a todos os vereadores, em primeira mão, que não dou a minha anuência a algo que parece estar definitivamente estabelecido e que não foi o que foi acordado.”

No ano passado, aquando da discussão no executivo camarário deste “branding comercial”, a Câmara do Porto disse que “à designação toponímica que se manterá como Pavilhão Rosa Mota, o concessionário poderá acrescentar, para efeitos de comercialização, o branding Super Bock Arena”.

Em comunicado, a Câmara Municipal do Porto diz agora que o pavilhão “embora batizado com o nome da atleta, não tinha qualquer inscrição do seu nome nem na fachada em em nenhum local visível”. “Nunca teve, aliás.”, acrescenta.

Para a Câmara, no processo de reabilitação do pavilhão, que estava “em pré-ruína e praticamente inutilizado pela degradação e falta de manutenção”, segundo a autarquia, “ficou assegurado que ninguém poderia retirar o nome da atleta da designação formal, mas que também no uso comercial o seu nome teria sempre que estar presente”.

Desconhecemos o que estava em jogo, o que negociaram as partes e que tipo de contrapartidas incluía tal negociação, tentada à margem do processo público de concessão. Não fomos pela atleta ou pelo seu representante convidados a participar em tais reuniões”, escreve a autarquia.

Para o executivo de Rui Moreira, o nome de Rosa Mota “está mais do que nunca protegido”, não compreendendo como “alguém se possa considerar mais respeitado dando nome a um edifício em pré-ruína e sem uso, do que num moderno centro de congressos onde a sua designação está claramente inscrita”.

Marcelo e oposição também não vão à inauguração

A oposição, que havia votado contra a mudança de nome do pavilhão, mostrou-se desagradada com o aspeto das letras do novo pavilhão e anunciou que não estaria presente na inauguração do edifício, esta tarde. Aquilo que ficou aprovado, disseram em uníssono, foi um acrescento da marca Super Bock Arena ao nome pavilhão Rosa Mota e não o contrário.

Manuel Pizarro, do PS, disse, de acordo com o jornal Público, que existem ainda todas as condições para alterar o aspeto do nome, se houver “vontade política”.

Da CDU, Ilda Figueiredo pediu que a câmara solicitasse aos promotores que alterasse o nome. “A cidade sente que a atleta está a ser menorizada. Também o vereador do PSD, Álvaro Almeida, sublinhou que o que ficou decidido não é exactamente aquilo que foi concretizado. “A resolução previa um acrescento do Super Bock Arena e não o contrário”.

De acordo com a TSF, o Presidente da República decidiu não estar presente na cerimónia de inauguração. A Presidência da República justifica a ausência de Marcelo Rebelo de Sousa com a necessidade de fazer exames médicos.

ZAP //

Siga o ZAP no Whatsapp

20 Comments

  1. Que ridículos. A Rosa Mota devia sentir-se orgulhosa de ter o seu nome neste símbolo da cidade do Porto. Julgava eu que ao tamanho do nome fosse irrelevante. Afinal a Rosa Mota esta preocupada é com protagonismo. É pena. Tinha outra ideia da Rosa.
    Ridículos aqueles que nada fizeram pelo palácio de cristal em todos estes anos.
    Ridículos aqueles que, agora, que o pavilhão vai servir a cidade querem protagonismo.
    Ridículos os governantes e oposição que desprezam a cidade do Porto faltando à inauguração.
    Enfim….Viva a SUPER BOCK

    • Desde quando atribuir nomes comerciais a espaços e edificios publicos? Se isto pegar moda fica aqui uma sugestão para outras marcas comerciais: Ponte D.Luis poderia ser Ponte Vinhos Sandeman; Torre dos Clérigos – Torre das Aguas do Luso; Avenida da Boavista – Avenida Pingo Doce; Praça da Repulica – Praça dos Preservativos Durex; Estação de Campanhã – Estação Modelo Continente; Cais da Ribeira – Cais das Bolachas Maria; etc.
      A necessidade do guito para fins mal geridos a quanto obrigas.
      Já agora quando puderem passar na R. do Campo Alegre(futuramente R. do Leite Mimosa) ali num parque de estacionamento onde a CM Porto coloca viaturas rebocadas de cidadãos comuns, é uma mina de ouro para a CMPorto, sempre cheio. Já assisti a rebocarem um veiculo que estava devidamente estacionado e foi rebocado porque o fiscal de transito achou que o lugar era dos veiculo elétricos e o condutor não valeu de nada reclamar(liberdades cada vez mais condicionadas). No Porto vive-se um verdadeiro assalto aos condutores, sentimento de restrição de liberdades e de punir o cumpridor para premiar o abusador.

    • Eh lá… protagonismo?!
      Então a Rosa Mota foi enganada e mostrou a sua indignação e, por isso, quer protagonismo?
      Bem…
      “Viva a SuperBock”?
      Estas parcerias publico-privadas geralmente só são boas para meia-duzia de “gulosos” – basta ver o que aconteceu na negociata do Pavilhão Atlântico!…

    • Muito bem. Esta Rosa Mota, teve uma postura de pouca humildade. Achará ela que é dona do pavilhão ? Quem gastou milhões com o pavilhão e vai continuar a gastar, tem todo o direito de ter o seu nome em letras de maior dimensão que o de Rosa Mota. Esta, no fundo, está a ter uma postura de oportunista.

  2. Mudem já o nome, senão deixo mesmo de beber super bock até porque prefiro mesmo a Sagres e não me vai custar nada deixar mesmo de beber SB.

    • Eu cá só dou para a SuperBock. Se chamassem ao pavilhão Sagres, nunca mais punha os pés nem no Pavilhão nem no Porto, carvalho… sem o “v”… à moda do norte.

  3. Existe aqui um problema, os cidadãos Portuenses não reconhecem nem se identificam com a atribuição do nome da sr.ª Mota ao Pavilhão do Desportos, sito nos Jardins do Palácio de Cristal na Cidade do Porto.

    Quando foi imposto o nome da sr.ª Mota ao Pavilhão dos Desportos (como tentativa de apagar a história inerente ao edifício), os cidadãos Portuenses opuseram-se veemente, pois não fazia qualquer sentido atribuir o nome da atleta ao espaço em questão sendo na época interpretado como manobra de propaganda política e de cariz parolo.

        • Bravo… Excelente uso da sempre boa arma “quem diz é quem é”, numa demonstração inequívoca de uma de duas hipóteses: a já apresentada ou a consanguinidade dos seus progenitores. Pelo discurso eloquente apresentado, diria que primos em primeiro grau.

  4. Mas que parva e vaidosa!
    Se fosse eu a decidir, nunca o PALÁCIO DE CRISTAL teria o nome da Rosa Mota!
    O nome mítico seria sempre o da construção original, que tão criminosamente alteraram para aquele mamarracho redondo!

    O que fez a Rosa por aquele pavilhão, a não ser emprestar-lhe o nome?…
    Estava em ruína eminente, os jardins tão desprezados!
    No entanto a senhora Mota nso foi capaz de usar o seu próprio nome e eventuais influências para recuperar o espaço!

    Retirem o nome dela!
    “Super Bock Arena” é um bom nome.
    Lisboa tem a Altice Arena, e nada mais!
    Precisamos de mecenas e não de ex atletas vaidosas!

  5. Sei lá, será um ataque de inveja? Não sei mas sei que é comum no país da inveja. Coisa tramada.
    super bock? Porque não super trampas? Que raio de nome a não ser que o dinheiro do pavilhão venha ele todo dessa marca, aí nada a dizer.

  6. Cada cabeça sua sentença, como se vê por aqui; portanto se a senhora Mota não está contente nada como pedir para que o seu nome seja retirado, também quem pretendeu homenageá-la desta forma retirando o nome inicial ao pavilhão não terá andado bem, procedimento habitual em Portugal, porque não numa nova construção dedicada ao desporto e aí sim dedicar-lhe o nome dela?

  7. A Rosa Mota por mim ainda não fez nada. Por outro lado a Super Bock ensinou-me, há 21 anos atrás, que “Se beber não conduza”. E desde esse Agosto de 1998 a lição ficou aprendida.

  8. Num Pais que se esquece os idolos, os notáveis, vai muito mal. A ROSA MOTA deu muito a portugal, encheu os nossos corações de orgulho e vaidade. Como um gostava de ter mais ROSAS noutras áreas deste País. Perdemos o respeito por aqueles que fizeram muito por nós! Penso que estamos perdidos ….

  9. Acho interessante estas guerras, só mesmo alguém que vive lá para o Sul e uma empresa do Sul podem continuar a acreditar que mudam o nome ao PALÁCIO de CRISTAL, nome pelo qual os Portuenses continuam e continuarão a conhecer o referido!
    Deixem-se de coisas.

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.