A Coreia do Sul e os EUA realizaram, esta quarta-feira, ensaios conjuntos com mísseis balísticos, em resposta ao lançamento pelo regime norte-coreano de um míssil balístico intercontinental (ICBM).
Os dois aliados realizaram múltiplos lançamentos de mísseis em direção ao Mar do Japão, incluindo o modelo balístico sul-coreano “Hyunmoo-21” e o norte-americano “ATACMS”, afirmou um porta-voz do Ministério de Defesa de Seul à agência Yonhap.
Segundo o gabinete da presidência de Seul, os testes foram efetuados por ordem do presidente sul-coreano, Moon Jae-in, que acordou com o homólogo norte-americano, Donald Trump, esta resposta à Coreia do Norte, que esta segunda-feira testou com sucesso um míssil que pode chegar ao Alasca.
O regime norte-coreano, liderado por Kim Jong-un, garantiu que o novo modelo de míssil balístico intercontinental (ICBM), que lançou na terça-feira, pode transportar uma ogiva nuclear de grande dimensão, segundo a agência norte-coreana KCNA.
O novo míssil, designado “Hwasong-14”, alcançou uma altitude máxima de 2.802 quilómetros e percorreu 933 quilómetros em 39 minutos, e “é capaz de atingir qualquer parte do mundo”, informou a imprensa oficial norte-coreana.
Este novo teste representa um grande avanço no programa armamentístico do regime de Kim Jong-un e causou a condenação, uma vez mais, da comunidade internacional.
“Escalada perigosa”
O secretário de Estado dos EUA, Rex Tillerson, insistiu na necessidade de uma “ação global” para deter a “ameaça mundial” que representa o desenvolvimento do programa nuclear da Coreia do Norte.
Tillerson assegurou que os EUA “condenam veementemente o lançamento pela Coreia do Norte de um míssil balístico intercontinental” e advertiu que “o teste de um ‘ICBM’ representa uma nova escalada“, confirmando tratar-se do primeiro lançamento bem-sucedido deste tipo por parte do regime norte-coreano.
A embaixadora norte-americana nas Nações Unidas, Nikki Haley, solicitou uma reunião urgente ao Conselho de Segurança, para esta quarta-feira. O pedido foi comunicado no Twitter pelo porta-voz da Missão dos EUA na ONU, Jonathan Bachtel, que adiantou que Haley também solicitou ao embaixador chinês junto da ONU – Liu Jieyi, que este mês preside ao Conselho de Segurança -, que mantenha essa sessão de emergência “aberta”.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, também condenou vivamente o disparo pela Coreia do Norte, que qualificou como uma “escalada perigosa”. “Esta ação é uma nova violação das resoluções do Conselho de Segurança e constitui uma escalada perigosa”.
Os “dirigentes (de Pyongyang) devem evitar outras ações provocatórias e submeteram-se integralmente às suas obrigações internacionais”, acrescentou o secretário-geral.
Relativamente aos pontos de vista divergentes de Pequim e de Washington sobre o dossier norte-coreano, Guterres insistiu na importância de manter a unidade da comunidade internacional, face a este “sério desafio”.
A China é favorável às negociações entre a Coreia do Norte e a comunidade internacional, sujeitas ao desmantelamento por Pyongyang do seu arsenal nuclear, enquanto os EUA mantém que Kim Jong-un e o seu regime devem desde já cessar totalmente os testes de mísseis e os testes nucleares.
ZAP // Lusa
E lá se vão entretendo a brincar aos misseis.
Vergonhoso aceitar um pais minusculo a brincar com a segurança do mundo.
mandem uma bomba antónia e está feito…
E qual é o interesse de poluir com radiação os interesses económicos?
É verdade que o chefe do país minúsculo tem os neurónios queimados e acha-se o maior de todos, mas o resto do mundo não está muito melhor.
Boa dedução meu caro Watson.