Uma sesta no trabalho? Mostre este novo estudo ao seu chefe

Pode enviar já ao seu chefe. Um novo estudo sugere que dormir uma sesta de tarde aumenta a atenção, o bem-estar e a produtividade dos trabalhadores.

A manhã foi produtiva. Depois do almoço, eis que surge aquela moleza de quem está de barriga cheia. Mas o relógio não para e está na hora de voltar ao trabalho. E se, em vez disso, tirasse uma sesta? Um novo estudo é o argumento que procurava para convencer o seu chefe a fazê-lo.

Um novo estudo descobriu que as pessoas geneticamente predispostas a tirar sestas regulares durante o dia podem ter cérebros maiores e mais saudáveis como resultado. Os cientistas acreditam que este hábito pode oferecer proteção contra a neurodegeneração, de acordo com o The Guardian.

“Tendo em conta os dados científicos mais recentes sobre a eficácia da sesta e a ligação clara entre o facto de os trabalhadores se sentirem bem descansados e a sua produtividade, já é mais do que tempo de as empresas adotarem sestas curtas no trabalho”, disse Arianna Huffington, cofundadora do HuffPost, em declarações ao jornal britânico.

Mattie Toma, professora de Ciências Comportamentais na Universidade de Warwick, concorda. Experiências com trabalhadores de baixo rendimento na Índia revelaram que sestas de meia hora à tarde aumentavam a atenção, o bem-estar e a produtividade dos trabalhadores.

Estudos anteriores sugeriram que a sesta pode aumentar o desempenho cognitivo, sendo que uma sesta breve, de 5 a 15 minutos, proporciona um benefício que pode durar entre uma e três horas, segundo o New Atlas.

Neste novo estudo, os autores compararam pessoas geneticamente “programadas” para dormir sestas com pessoas que não dormem habitualmente sestas. Os investigadores descobriram que as pessoas “programadas” para dormir sestas tinham um maior volume cerebral, um marcador de saúde do cérebro. Isto foi particularmente evidente em adultos mais velhos.

“Tendo em conta as provas emergentes sobre os benefícios das sestas, não só para o bem-estar dos trabalhadores, mas também para os resultados da empresa, as empresas devem considerar a possibilidade de oferecer aos seus empregados a possibilidade de dormirem a sesta”, considerou Toma.

Sara Mednick, do departamento de Ciências Cognitivas da Universidade da Califórnia, diz que somos pessoas privadas de sono e que isso nos torna “mais propensos a acidentes de trabalho, a níveis mais baixos de criatividade e concentração e a níveis mais elevados de irritabilidade”.

“As empresas que disponibilizam um espaço para descansar reduzem os custos decorrentes do tempo perdido e dos erros relacionados com a fadiga. Também dá aos superiores a oportunidade de reconhecerem os desafios da cultura 24/7 e de apresentarem soluções de cima para baixo que encorajem os trabalhadores a cuidarem de si próprios dentro e fora do trabalho, o que é muito importante em termos de retenção”, explicou a especialista em declarações ao The Guardian.

ZAP //

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